Por Mônica Bergamo, da Folhapress
SÃO PAULO – O PSD de Gilberto Kassab não deve punir candidatos nos estados que se recusem a apoiar uma eventual candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), à Presidência da República.
O tucano deve anunciar nas próximas horas se sai do PSDB e se filia à legenda para concorrer à sucessão de Jair Bolsonaro (PL). Antes mesmo de decidir se entra no PSD, porém, ele já sofre resistências. Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Otto Alencar (PSD-BA), candidatos à reeleição, por exemplo, querem apoiar Lula já no primeiro turno. O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) deve apoiar Bolsonaro.
O governador do Paraná, Ratinho Jr., também deve abrir palanque para Bolsonaro nos estados.
E o presidente do PSD, Gilberto Kassab, diz com segurança a interlocutores que a filiação de Eduardo Leite ao partido já é praticamente certa e deve se confirmar nas próximas horas. Mas, caso ele não migre de partido, enterrando a possibilidade de uma candidatura presidencial, a legenda deve lançar um outro nome para concorrer à sucessão de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Kassab tem dito a interlocutores, a pré-candidatura do ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung voltaria então à mesa. Ou seja, o PSD terá candidato a presidente de qualquer maneira.
Kassab tem repetido também que, caso o segundo turno seja mesmo entre Lula e Bolsonaro, como indicam as pesquisas eleitorais, o PSD abraçará a candidatura do petista.