Tentei assistir ao jogo do Flamengo com o Corinthians e não consegui. Coitados! Zagueiro olhando para ala correndo pela direita, a quarenta metros, e dá o passe, errado, rasteiro, para a esquerda. Esse foi do zagueiro do Flamengo, o Marcelo, não jogaria no time da minha rua, porque o Maurício, professor e craque, não permitiria para não dar mau exemplo para os menores. O meio de campo do Flamengo não deve ver televisão na concentração do Copacabana Palace. Bem vestidos, cabelos na moda, roupas de grife, os craques do Flamengo devem passar o dia nos restaurantes do hotel entre as delícias do famoso Picadinho do Copa e as tábuas de Paté de Foie Gras. Pela manhã uma passadinha na praia para repor o bronze e calibrar a Vitamina D-3, indispensável entre atletas do alto rendimento futebolístico e evitar fraturas.
Enquanto os craques ficam desfrutando das delícias do Copa, a gestão do Flamengo debruça-se sobre a compra dos espetaculares Paolo Guerrero e Emerson Sheik. Parabéns! Eles serão pagos pelo genial empreendimento da moda: o Sócio-Torcedor.
A transação foi feita para que o torcedor fique alegre e volte para os estádios e veja a sua doação se transformar em vitórias e muitas alegrias. No Flamengo não é assim, pois vale a palavra dada pelo seu presidente, quando foi ridículo, ao aceitar que os jogadores em questão não jogassem contra o Corinthians. Vimos o Flamengo jogar com aqueles pernas-de-pau que não sabem o valor da posse de bola e do passe.
Um terror o domingo de jogos sem os craques. O Maracanã lotado à espera dos melhores resultados e um Flamengo, sem categoria, se apresenta para o Brasil e volta a mostrar a nossa fraqueza. Esse tipo de futebol é que querem jogar nas costas dos nossos octogenários para que eles resolvam. Assim não, Meu Irmão!
Agora, nesta semana que nos apresenta, chegará a vingança do Sócio-Torcedor: não crescerá na mesma proporção, ou seja, diminuirá, e, logo a seguir, alguns milhares deixarão de pagar. O sócio-torcedor não quer saber da palavra de honra de um bobo que quer se mostrar. O futebol e o Flamengo não suportam bobagens. O futebol no mundo é um ambiente profissionalizado onde não cabe a negociação de dois jogadores e a exclusão destes do Clássico dos Milhões. As torcidas de Flamengo e Corinthians, mais o Bom Senso deveriam ter comparecido ao Tribunal do Trabalho para proibir o cerceamento ao trabalho dos profissionais transados pelos dois clubes.
As confederações que tanto recebem do governo e passam dois anos dizendo que têm que se preparar para o Pan, deveriam vir a público e dizer o verdadeiro sentido de receber milhões e representar a sofrida torcida brasileira com seleções reservas. O voleibol do Brasil, treinando por aqui, endureceu e perdeu para a Argentina. Vou torcer por Cuba, Estados Unidos, Canadá, Argentina, México e Porto Rico para que esses arretados (claro que com o dinheiro público) saiam do pódio e cheguem por aqui pedindo mais verbas para as brincadeiras de final de mês.
Brincalhões, espertalhões!
Parabéns ao Charles Chibana, um Pelé do nosso aplicadíssimo judô, que sempre nos enche de alegria. Um ipon de fazer o Ginásio todo levantar e aplaudir o estilista. Que atleta!
A brincadeira é tamanha com a verba milionária que desembarca no COB e nas Confederações que nos levará a cobrar, para outros jogos, com oito anos pela frente, o que não foi feito nestes. Em 2024, espero acordar em uma terça-feira e ver o nosso Brasil, em um pódio de Pan, no quadro de medalhas. Hoje estamos em sexto lugar, atrás do México e da arrasada Cuba, para onde corremos, a passos largos e velozes.
Roberto Caminha Filho, economista e nacionalino, não está vendo nada de bom para as
Olimpíadas do Rio.