EDITORIAL
MANAUS – Na primeira quinzena de dezembro, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em R$ 0,10 (dez centavos) por litro. Foi a primeira redução depois de uma sequência de aumentos iniciada em junho de 2021. Apesar da redução pela petroleira, os postos de combustíveis em Manaus mantiveram os preços, sem reduzir um centavo.
Por outro lado, todas as vezes que a Petrobras elevou os preços dos combustíveis nas refinarias, as distribuidoras e postos repassaram a aumento aos consumidores. Essa prática se tornou comum no Brasil, mas principalmente no Amazonas e especialmente em Manaus, onde muito se diz que há um cartel dos combustíveis.
Nesta terça-feira, a Petrobras voltou a reajustar o preço para cima, e anunciou que a partir de quarta-feira (12), a gasolina será vendida com aumento de R$ 0,15 (15 centavos). E agora? Os consumidores serão compensados pelo reajuste a menor que não foi aplicado?
Se donos de postos não reduziram em dez centavos o preço na bomba, em dezembro, vão ter a cara de pau, agora, de reajustar em 15 centavos ou mais – não custa lembrar que os repasses para o consumidor são sempre maiores que os percentuais de reajuste da Petrobras.
Os órgãos de defesa do consumidor devem entrar em ação, e exigir que a relação sadia de consumo seja respeitada. O consumidor amazonense não pode ficar à mercê de canalhas que não respeitam as regras que o próprio capitalismo impõe.
Já é um fardo pesado ao consumidor aceitar a politica de preços da Petrobras, que atrelou o valor dos combustíveis ao preço do barril de petróleo no mercado internacional e ao dólar. Mas até dezembro, o preço só subia.
Quando o consumidor mereceu receber aquilo que a própria política de preços prometia, ou seja, reduzir o preço quando o “mercado” permitisse, os canalhas de Manaus não cumpriram sua parte no acordo.
Portanto, neste momento, é hora de cumprir o acordo tácito e manter os preços nos mesmos patamares mantidos até aqui. Se as regras estão postas, é de bom tom que todos as respeitem. Se não for assim, está instalada a anarquia.
Tabelamento de preços NÃO funciona.
Claro que o aumento na bomba sempre é maior que o aumento na refinaria, pois depois disto tem incidência de impostos que não foram cobrados na refinaria. Mas também não pode a refinaria aumentar 10 centavos e o posto aumentar 30 centavos, tem que haver proporcionalidade aí.
A anarqui está instalada faz tempo neste estado, principalmente, mas ão unicamente nessa capital. Basta conhecer um pouco do que rola debaixo dos panos nessa cidade pra saber que é imundo, perverso. Manaós significa “mãe dos deuses”, mas na verdade remete a mãe dos demônios, pois é por eles que a cidade é controlada com criminosos aparelhando todo o poder público.