MANAUS – O advogado Fábio Turnes encaminhou à redação do AMAZONAS ATUAL pedido de direito de resposta ao cliente dele, o empresário Luiz Fernando de Moraes, preso no dia 29, sexta-feira, em Manaus durante operação da Polícia Civil, sob suspeita de participar de uma organização criminosa que exportava carros roubados e clonados para o exterior.
Na resposta encaminhada ao ATUAL, o advogado diz que Luiz Fernando “foi vítima de estelionato, como qualquer pessoa estaria sujeita, porém, foi injustamente preso e está sendo tratado como bandido”.
Leia a matéria que gerou o direito de resposta
Ele afirma que dois veículos adquiridos pelo empresário quando veio morar em Manaus eram clonados e ele os comprou sem saber.
“Coloque-se por um minuto no lugar de Luiz Fernando… Comprou carros clonados, perdeu seu dinheiro e ainda está preso acusado de exportação de veículos roubados ao exterior!!!”, diz a resposta.
O que diz a polícia
O delegado Cícero Túlio, da Derfv (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos) explicou que a operação policial realizada na sexta-feira, com a ajuda da Polícia Rodoviária Federal, desarticulou um esquema de exportação de veículos de luxo clonados, trazidos para Manaus e exportados para países como Colômbia e Venezuela.
A polícia considerou Luiz Fernando de Moraes responsável pela ação criminosa no Amazonas. Ele foi preso no fim da tarde de quinta-feira, 28, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva.
“Conseguimos identificar que ele [Luís – o texto da Secom grafa o nome com ‘s’] estava trazendo um veículo de luxo, avaliado em R$ 200 mil, e esse veículo seria destinado à Venezuela ou Colômbia.
O empresário foi indiciado por por receptação, uso de documento falso, adulteração de sinal de identificador de veículo automotor e associação criminosa.
Abaixo, a Resposta de Luiz Fernando de Moraes
(o texto é original, sem correções)
“Visando esclarecer as principais questões referentes à ordem judicial que determinou a prisão temporaria de Luiz Fernando de Moraes sob a acusação de participar de organização criminosa e exportar veículo roubados e clonados para o exterior, este, por seu advogado, vem a público esclarecer:
O acusado é Engenheiro e empresárrio, possuindo empresa legalmente constituída de prestação de serciços de engenharia. Como cidadão, respeita o exercício do direito de investigação e as manifestações públicas e livres da imprensa, mas deixa claro que “pitacos” superficiais e descontextualizados da realidade do processo, não acrescentam nada de positivo a esse momento ainda indefinido de discussão judicial.
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que o Sr. Luiz Fernando de Moraes veio à Manaus como contratado da empresa Philco, onde trabalhou por diversos meses na instalaçã de equipamentos eletrônicos de grande porte. Tendo sido bem acolhido pelo povo manauara, optou em transferir sua residência para Manaus, onde continuou trabalhando como engenheiro e mais, montou um estabelecimento comercial no bairro de Cachoeirinha. Local este que gera empregos e renda ao município.
Antes de mudar-se para Manaus, ante a renda auferida com bom contrato firmado com a Philco, adquiriu 2 (dois) automóveis na cidade de Curitiba, sendo 1 veículo Jeep Compass que atenderia Luiz Fernando quando o mesmo estivesse no sul do país, e 1 veículo Peugeot 3008, que seria levado à Manaus e destinaria-se a seu uso nesta cidade.
Ocorreu que ambos os veículos eram CLONADOS, porém, impossível detectar tais adulterações por pessoa leiga, eis que os chassis foram minuciosamente adulterados, números dos vidros e o documento de circulação do veículo fora impresso em papelautêntico.
Ou seja…Luiz Fernando foi vítima de estelionato, situação esta que qualquer pessoa estaria sujeita, porém, foi INJUSTAMENTE PRESO e está sendo tratado como BANDIDO.
Cabe aqui pequena indagação: E se você?? Coloque-se por um minuto no lugar de Luiz Fernando…comprou carros clonados, perdeu seu dinheiro e ainda está preso acusado de exportação de veículos roubados ao exterior!!!
Ledo ABSURDO!!
As autoridades policiais estão acusando um cidadão de bem…um pai de família…um empresário, de exportar veículos clonados ao exterior. QUE VEÍCULOS????? Não há em todo inquérito policial nenhuma prova, nenhuma conversa, nenhuma gravação, nenhuma evidencia além dos 2 veículos (Jeep e Peugeot) que o Sr Luiz Fernando adquiriu por ledo engano.
Precisamos ser mais atentos antes de crucificar uma pessoa de bem. Precisamos investigar melhor, ter provas!!! Nossas autoridades não podem juntar no processo uma lista de processos em Santa Catarina, tal qual o fez, E NÃO SE DAR CONTA QUE SE TRATA DE PESSOA HOMÔNIMA!!! Sim…isso mesmo, o Delegado convenceu o juízo de que Luiz Fernando era perigoso pois possuia vários processos de Furto em SC, porém, trata-se de outro Luiz Fernando, outro RG, outro CPF, outro pai, outra mãe.
Resumimos tudo nesta frase: É melhor absolver mil culpados do que condenar um inocente.
Novas informações serão prestadas periodicamente a fim de evitar boatos ou desencontros. ROGAMOS QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA!!!”
Já vi vários casos assim. A polícia prende, acusa, acaba com a vida da pessoa…e ela que se vire em provar que é inocente.Puro despreparo…precisamos lutar contra essas injustiças.