MANAUS – Os termômetros do Instituto Nacional de Meteorologia marcavam 32ºC, mas a baixa umidade (56%) davam a sensação de que Manaus estava prestes a pegar fogo. Cemitério Nossa Senhora Aparecida, o maior da capital, no bairro Tarumã, zona oeste, a sensação térmica era de uma temperatura acima de 40ºC. Enquanto alguns procuravam abrigo em baixo de árvores, a maioria recorria às sombrinhas, vendidas a R$ 10 pelos ambulantes que invadem os cemitérios neste Dia de Finados.
Quem também aproveitou a onda de calor foram os vendedores de água. O preço até que não assustava: R$ 1,00 a garrafa de 200 ml. Mesmo assim, teve quem reclamasse. “Só dá um gole. É melhor trazer de casa”, disse a dona de casa Silvana de Jesus da Silva, 45, que exibia uma garrafa pet de refrigerante de 2 litros com água.
Lixo
Os frequentadores que visitavam seus mortos no Cemitério Tarumã, como é conhecido popularmente, também reclamara da sujeira. Entre as sepulturas, o lixo às vezes dificultava a passagem dos visitantes. A aposentada Maria Rodrigues, 70, reclamou do poder público. “Cadê o prefeito que não vê essa sujeira no cemitério?”, questionou.
A prefeitura limpou o cemitério antes do Dia de Finados, mas o capim cresceu, e foi esse capim que os familiares dos mortos retiraram e acumularam entre as sepulturas. O lixo deixado no cemitério é obra mais dos frequentadores e trabalhadores do local do que do poder público. “Não tem pra onde a gente levar, e vamos deixando aqui mesmo”, disse um homem que fazia serviço de capinação em uma sepultura. Ele foi contratado por R$ 30,00 para realizar o serviço. As garrafas de água vazias também eram jogadas por toda a parte no cemitério, aumentando ainda mais a sujeira.
Confira as imagens deste Dia de Finados no Cemitério Tarumã.
Calor e proteção
Lixo, sujeira e poeira