MANAUS – As despesas hospitalares do desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas Domingos Chalub no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, feitas em 2015 e pagas pela Susam (Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas) chegaram a R$ 359,3 mil. Em 2016, o ATUAL noticiou que as despesas do magistrado haviam sido de 63.404,92, pagas em setembro daquele ano. Em fevereiro de 2016, depois da publicação da reportagem, a Susam empenhou mais R$ 168.772,70 e depois mais R$ 127.182,79, como está registrado nas despesas da secretaria no Portal da Transparência do Governo do Amazonas. Não há registro de pagamento dos 127.182,79, só o empenho. Se fosse pagar, o desembargador precisaria de um ano do seu salário integral para custear o tratamento. O SUS (Sistema Único de Saúde) prevê e custeia o tratamento fora de domicílio, mas com dois critérios: 1) que tenham se esgotados todos os meios de tratamento no município do paciente e 2) que o paciente esteja em tratamento na rede pública ou hospital conveniado contratado pelo SUS. Não era o caso do Sírio-Libanês. A Susam pagou ao Sírio-Libanês R$ 4,4 milhões em tratamento de saúde a autoridades, políticos e parentes destes entre 2012 e 2016.