MANAUS – Muitos jovens sentem-se desencorajados nessas eleições, vários são os motivos. Corrupção, ausência de candidatos preparados e o perpetuamento de alguns nomes no poder. Esse fenômeno não é muito difícil de encontrar, conversei com alguns adolescentes que afirmam que não sentem prazer algum em ir até as urnas em outubro.
Em tempos de bastante discussão e interesse sobre o tema, esses jovens vão na contramão da opinião de quem acredita que essa juventude sente-se mais à vontade em envolver-se na política. Mas quais são os reais motivos que levam a juventude até o total descontentamento com as eleições?
O especialista em direito eleitoral Daniel Falcão atribui a queda no número de eleitores jovens ao “descrédito da política” nacional, que vive em meio a inúmeros escândalos. “Essa queda é um sinal de que os jovens estão acreditando menos na possibilidade de caminhos políticos para mudar a situação do país”, afirma.
A diferença entre a quantidade de eleitores com 16 anos será ainda maior do que a do total de jovens que decidiram não participar do pleito deste ano. Em 2016, eram 833.333 jovens com a idade aptos a participar do pleito. Neste ano, o número caiu pela metade e apenas 403.682 tiraram o título.
Política é um assunto que deveria ser sempre tema para discussões, não podemos aceitar que a nossa juventude permaneça tão enfraquecida e desencantada com a política brasileira. A mesma força que temos para criticar deve ser a força que devemos usar para salvar esse cenário, seja pelo voto consciente ou pelos gestos sociais que podemos distribuir por aí.
Que a nossa juventude se interesse por políticas públicas e o desenvolvimento do país que antes de tudo espera por um futuro melhor que está diretamente ligado ao quanto essa geração pode ser ativa ou não. Cabe a nós o progresso, cabe a nós a força.