Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – A advogada Luciana Pires postou um texto na sua página no Facebook, na tarde desta quarta-feira, 21, acusando o desembargador aposentado Rafael Romano de abusar sexualmente da filha dela, neta do magistrado, desde que a menina tinha 7 anos. Hoje, ela tem 15 anos.
A mãe e a vítima fizeram a denúncia no MPE (Ministério Público Estadual) – leia o depoimento abaixo. “Ela foi vítima da pior crueldade q uma criança pode passar, um monstro horroroso que na situação de AVÔ PATERNO usou disso p MOLESTAR, ABUSAR das piores formas possíveis da própria neta, dentro de casa, no convívio familiar onde pensamos q nossas crianças estariam em segurança (sic)“, acusa Luciana na rede social.
Na tarde desta quarta, Luciana foi entrevistada pelo radialista Ronaldo Tiradentes ao qual reafirmou as acusações. Um trecho do vídeo está circulando no aplicativo WhatsApp.
A reportagem ligou para o telefone do desembargador aposentado, mas as chamadas foram encaminhadas para a caixa postal.
Adail
Em fevereiro de 2014, Rafael Romano decretou a prisão do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, em caso relacionado a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Adail Pinheiro era acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes. Além dele, cinco pessoas também foram detidas em Coari suspeitas de participação no esquema. Eles eram servidores da prefeitura.
Antes de ser desembargador, Rafael Romano ficou conhecido no Judiciário do Amazonas pela atuação como juiz da Vara da Infância e da Juventude, especializada na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
Depoimento
No termo de declaração ao MP-AM, a adolescente, acompanhada da mãe, disse que entre os 7 e 8 anos ela e um irmão passaram a ficar nos fins de semana na casa do avô. Foi nesse período que os abusos começaram, disse a mãe da vítima.
Nesse período, Luciana disse que precisava viajar para São Paulo, durante meses, para acompanhar a mãe que fazia um tratamento de saúde na capital paulista.
Post de Luciana Pires no Facebook:
Abaixo, o termo de declaração ao MP-AM: