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Inicial Colunas Pontes Filho

Desafios à segurança pública – parte 77: novas tecnologias e insegurança

28 de setembro de 2020
no Pontes Filho
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As novas tecnologias de informação, em especial as redes sociais, têm grande utilidade e relevância no mundo atual, ainda mais no contexto da pandemia, contudo, como lidar com os danos que podem causar, ou seja, os “efeitos colaterais” que delas resultam, impactando a segurança pública?

As redes socias tornaram-se funcionais e praticamente indispensáveis no tempo em que vivemos. Elas modificaram sobremaneira o nível de interação entre as pessoas, as empresas, as instituições, os negócios. Potencializaram como nunca o volume do comércio, de serviços, de investimentos e de empreendimentos. Possibilitaram também o acesso a cursos, treinamentos e a programas de educação, dentre outras coisas. Permitiram a interação, em tempo real e apesar da distância, entre as pessoas de diferentes regiões do planeta. Todavia, as novas tecnologias, representadas pelas redes sociais, não deixaram que produzir também impactos nocivos, causando diversos “efeitos colaterais” sobre as pessoas, grupos, sociedades, em relação a diversos aspectos (saúde mental, trabalho, economia, lazer, relacionamentos, democracia, eleições), dentre os quais os relacionados à segurança pública.

A tecnologia das redes sociais evoluiu rapidamente ao ponto de desenvolver algoritmos capazes de mapear perfis de usuários, identificar seus padrões comportamentais e manipular seus sentimentos, desejos e preferências, pondo isso a servido do comércio, das vantagens e da monetização que empresas de tecnologia da informação podem obter com as redes sociais.

Essas empresas, tendo em vista lucrativos objetivos, passaram a fazer o maior experimento psicológico, mercadológico e sociológico da humanidade por via da manipulação das redes sociais. Estão sendo capazes de prever, com razoável grau de acerto, modelos de conduta ou padrões comportamentais de cada usuários referentes ao que for, qualquer objeto aspecto do comportamento humano: preferências de consumo, produto, serviços, política, economia, religião, arte etc. Sabendo o que os usuários pensam, sentem, desejam fica muito mais fácil manipular suas escolhas, decisões e atitudes, inclusive sobre o que comprar, em que crê, em quem votar, o que comer e outras coisas.

Uma empresa como o facebook, que também controla o whatsap e o instagram, conseguiu desenvolver ferramentas tecnológicas que conseguem manipular, viciar e dominar os usuários ao ponto de subtraí-los em grande parte da vida real, dificultando até mesmo os vínculos sociais mais básicos, como a interação familiar na mesma casa. Tudo isso porque, quanto mais tempo o usuário ficar nas redes sociais, mais ficam expostos aos anúncios das redes sociais, os quais já vêm praticamente customizados para o usuário.

Para as empresas de redes sociais é muito mais lucrativo viciar, manipular e manter os usuários presos a vínculos digitais e afastados por maior tempo possível de vínculos reais. As redes socias manipulam a subjetividade humana, recorrendo a um sistema de supostos prêmios ou falsas recompensas para sujeitar os usuários a seus anúncios e notificações infinitas. Os sistemas tecnológicos das redes sociais são capazes de chegar ao nível da manipulação da dopamina por meio de curtidas, de joinhas e mensagens de reconhecimento, assim como podem despertar nossa ira, indignação, decepção e desolação. Com isso, faz dos usuários presas fáceis de suas pretensões e controles.

Os celulares e as redes sociais já conseguem entender os usuários como ninguém, talvez até mesmo melhor do que eles mesmos. As redes têm acesso a dados que apontam as tendências, desejos, emoções e preferências dos mesmos sobre os mais diversos assuntos. O facebook já oferece os fornecedores antes mesmo das pessoas (usuários) começaram a procurar, às vezes, quando ainda estavam cogitando o que comprar.

Ao lado disso, vem ocorrendo o aumento expressivo de casos de ansiedade, tensão, depressão e suicídios de crianças e adolescentes por causa, por exemplo, de críticas, bullying, exposições depreciativas. Outras vezes por frustrações por conta da imposição dos padrões de beleza, de consumo e de desempenho fomentados nas redes socias. O impacto negativo sobre a autoestima de meninos e meninas, como também de qualquer pessoa, pode ser devastador.

As relações sociais, afetivas, familiares, laborais também podem ser impactadas negativamente pelas redes sociais. As fakenews se difundem e espalham seis vezes mais rápido do que as notícias verdadeiras nas redes sociais. Criou-se um sistema que privilegia informações falsas, fraudentas, por vezes infames e criminosas. Tudo isso porque as informações fakes rendem muito mais dinheiro do que a verdade às empresas que lucram com as redes sociais. A verdade seria chata e por vezes mais devagar, pois ela nem sempre acontece tão rapidamente. É preciso criar informação rentável a cada décimo de segundo, mesmo que ela seja falsa, pois o que importa é lucrar com a mesma.

Essa maneira de operar tem sido lamentavelmente estrutural e rotineira das redes sociais. Como lidar com essa nova realidade de insegurança pública via redes sociais? Como resolver tais impactos nocivos causados pelas redes sociais? Especialistas recomendam algumas medidas a serem adotadas pelos usuários, tais como:

  1. Conferir as informações, verificar as fontes, não cair na armadilha de acreditar de primeira em tudo o que dizem pelas redes sociais;
  2. Desativar as notificações;
  3. Não embarcar em recomendações oriundas das redes;
  4. Seguir pessoas e páginas de pessoas com as quais não concorda (tentativa de evitar se deixar manipular pelas tendências de gosto, padrões de preferências etc);
  5. Não dormir nem acordar com o celular, se possível, deixá-lo noutro cômodo da casa;
  6. Tentar lê um livro impresso, conversar com as pessoas de casa, ter vida familiar e social real;
  7. Não permitir que as redes sociais e a vida virtual consumam mais tempo do que a vida real, salvo nos casos justificáveis (pessoas que trabalham nessa área digital).   

A ampliação do uso e aplicação das novas tecnologias de informação, em especial da internet e redes sociais, coexistem com a má utilização das mesmas, inclusive pelas próprias empresas que as controlam. Há inúmeros casos de emprego inidôneo da internet e das redes sociais que violam a subjetividade, a intimidade e a segurança das pessoas, a exemplo de casos de crimes como os de pedofilia, bullynig, calúnia e intolerância (racismo, preconceito, ameaças por questões ideológicas).

Enfim, as novas tecnologias das redes sociais constituem significativos desafios a diversos aspectos da convivência humana e, de modo particularmente expressivo, à saúde, à democracia e à segurança pública.


*Pontes Filho é doutor em Sociedade e Cultura na Amazônia (UFAM), mestre em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), bacharel em Direito pela Ufam, bacharel e Licenciado em Ciências Sociais pela Ufam. Professor, exerce a docência desde 1996. É pesquisador de história da Amazônia e direitos socioculturais na região com livros publicados sobre esses temas, dentre os quais: "Logospirataria na Amazônia", "História do Amazonas", "Vicio e criminalidade", "Terceiro ciclo". Professor da Universidade Federal do Amazonas. Servidor público do Estado do Amazonas. Escreve frequentemente artigos para jornais, revistas e veículos eletrônicos de jornalismo.

Os artigos publicados neste espaço são de responsabilidade do autor e nem sempre refletem a linha editorial do AMAZONAS ATUAL.

Assuntos: Pontes Filhoredes sociaissegurança públicaTecnologia da Informação
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