Do ATUAL
MANAUS – O delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Bruno Fraga, afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (25) que o delegado Ericson de Souza Tavares, três investigadores e cinco policiais militares, presos em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus) na noite de sábado (23), abordavam pessoas suspeitas de crimes e as extorquiam. Eles agiam “encapuzados” para não serem reconhecidos.
“A dinâmica do crime é justamente essa: abordar pessoas envolvidas com o crime para delas extraírem as ilicitudes e cometerem outros crimes”, afirmou Bruno Fraga.
Além do delegado, foram presos os investigadores Eliezio Alencar de Castro, Anderson de Almeida Maia, Alessandro Edwards da Cruz. O sargento da Polícia Militar, Alexandro Conceição dos Santos, os cabos Jozimo Diniz da Silva, Eldon Nascimento de Souza, Ueslei Rodrigues da Silva, Kemer Cruz Pimentel, e os ex-policiais Edvaldo Ewerton Pinto de Souza e Germano da Luz Júnior.
Os agentes são suspeitos de extorsão mediante sequestro, porte de arma de fogo, associação criminosa e adulteração de veículo automotor.
“Diversas denúncias estavam chegando por vários meios, tanto da Polícia Civil quando da Polícia Militar, de que havia servidores da área de segurança envolvidos em casos de extorsão. Então, já havia essa comunicação para tentarmos identificar quem eram esses servidores e ontem teve essa ocorrência em flagrante”, relatou Bruno Fraga.
No momento da prisão, segundo o delegado, os agentes usavam armamentos com numerações raspadas e veículos com placa adulteradas. Com eles foram apreendidos armas, carros com sinais de adulteração do registro, coletes à prova de balas, munições, carregadores, e balaclavas.
Ao passarem por audiência de custódia por videochamada, por estarem presos em Manaus e a audiência ser conduzida pela juíza Scarlet Braga Barbosa Viana, de Manacapuru, eles tiveram as prisões convertidas em preventivas.