Da Redação
MANAUS – A DPE (Defensoria Pública do Estado) pediu, na Justiça, que a Prefeitura de Manaus passe a vacinar grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias) sem comorbidades. A Defensoria leva em consideração nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde em 26 de abril e ignora recomendação posterior feita pela pasta, de suspender a vacinação para grávidas sem doenças pré-existentes.
No dia 11 de maio, o Ministério da Saúde recomendou que grávidas sem comorbidades não sejam vacinadas e que a vacinação de gestantes com comorbidades aconteça com doses da Pfizer ou Coronavac. No entanto, a Defensoria sustenta que há doses de vacinas da Pfizer e da Coronavac suficientes para incluir os dois grupos.
“Não há razão plausível para não prosseguir com a imunização fazendo uso dos outros dois imunizantes disponíveis, assim como o fizeram os estados do Ceará e Pernambuco e os municípios de Urucará e Benjamin Constant”, diz o pedido da DPE.
A Prefeitura de Manaus chegou a anunciar vacinação para gestantes sem comorbidades, mas recuou seguindo as orientações do Ministério da Saúde. A FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) também publicou nota técnica recomendando a vacinação apenas para gestantes com comorbidades.
Apesar disso, a Defensoria entende que há risco para grávidas e puérperas e pede que a Prefeitura retome decisão anterior.
“Ora, se as vacinas Coronavac e Pfizer são consideradas seguras às gestantes que possuem comorbidades, tão mais o serão àquelas que não apresentam problemas de saúde pré-existentes à gravidez, mas que passam a correr riscos apenas pela condição da gestação e as mudanças naturais a que são submetidos seus corpos”, alega o órgão.
Segundo a Defensoria, em 2021, 44 gestantes e 29 puérperas morrram no Amazonas, vítimas da Covid-19. Foram registrados 2.232 casos em gestantes e 197 em puérperas.
Leia o pedido da Defensoria completo AQUI.