
Da Redação
MANAUS – Dos 41 casos de análise de ossadas humanas neste ano, o IML (Instituto Médico Legal) identificou 13. Os exames, segundo o diretor do IML, Lin Hung Cha, são realizados quando a polícia encontra um corpo em estado avançado de decomposição.
Inicialmente, quando não há elementos que permitem a identificação, a investigação passa a ser feita a partir de casos de pessoas desaparecidas. “Iniciamos a investigação a partir de elementos informados pela família, como a última roupa que a pessoa estava, se tinha tatuagens ou marcas no corpo, informações sobre o local. Nos demais casos, a análise preliminar é feita através das roupas ou de objetos achados próximos ao corpo ou a ossada”, disse Lin Cha.
Fêmur
O diretor do IML afirma que, no caso das ossadas humanas, é retirado um fragmento do fêmur para realização de exames. “Comparamos com o sangue de familiares próximos como mãe ou filhos. Todo o material coletado é encaminhado ao laboratório de DNA para análise e identificação da vítima”, disse Lin Hung Cha.
A gerente do Laboratório de DNA e Genética Forense do Instituto de Criminalística, Daniela Koshikene, explicou que quanto maior a exposição a que o corpo ou a ossada for submetido ao meio ambiente, mais complexa se torna a análise. “As metodologias aplicadas são mais demoradas e onerosas. Quando um corpo está esqueletizado, fica exposto ao ambiente, o que provoca degradação. Quanto mais degradado o material, mais difícil e complexa a análise”, disse Daniela.