Da Redação
MANAUS – No segundo turno contra Amazonino Mendes (Podemos), David Almeida (Avante) disse que vai se aliar ao povo. “Eu quero o voto de todos os eleitores dos demais candidatos. Eu quero pedir apoio do povo, sou candidato do povo, represento o povo. Eu quero atrair a atenção do eleitor de Manaus”, disse, em entrevista na noite deste domingo, 15, ainda diante de resultado parcial das urnas que indicava o segundo turno.
Almeida disse que uma possível aliança deve ocorrer em outro momento. Ele afirmou que não se alinhará a caciques políticos, que considera predadores.
“Em 2017 (governo provisório) estava contra todos os caciques. Vou até citar: Amazonino (Mendes), Eduardo (Braga), Omar (Aziz), Alfredo (Nascimento), Arthur (Virgílio Neto, atual prefeito de Manaus). Em 2018 eu estava contra eles de novo. Em 2020, de novo. Estou contra todos eles. Eu me recusei a ser vice do Amazonino. Eu não me uni a eles porque essa geração chamada caciques são os predadores da nova geração política. Eu não seria mais um a ser cooptado”, afirmou.
“Muitos dos problemas que nós temos hoje são frutos das administrações deles. Se eu me alinhasse a eles, o sonho e a esperança de uma vida melhor para quem mora na periferia seriam sepultados. Vou combater as teses”, emendou.
O candidato se autoelogiou ao lembrar o governo temporário – de final de maio a setembro de 2017. “Em quatro meses eu fui mais eficiente que governadores em quatro anos. Pergunta para os professores quem fez mais por eles, pergunta para os policiais militares se promoviam 300 policiais por ano, eu promovi 2.733”, disse.
David Almeida disse que vai debater ideias, mas provocou o adversário. “Quando eu saí o Amazonino assumiu. Eu vou perguntar porque ele mandou fechar o parque de imagens do Hospital Delphina Aziz). Ele precisa responder porque fechou os centros cirúrgicos. É isso que nós vamos debater. Quem pode fazer por Manaus daqui pra frente. Não é quem fez pra trás, não é quem fez um gol há 20 anos, quem um gol há 30 anos, é quem pode entrar em campo e discutir Manaus daqui pra frente. Quem tem condições disso? Eu que me apresentar me apresentar como essa solução”, disse.
Almeida defendeu que na prefeitura, caso eleito, pretende adotar uma gestão de governança privada. “Estou desde 2017 lutando contra os caciques. Vou provar que caso eleito os caciques poderiam ter feito muito mais por essa cidade. O próximo prefeito precisa trazer para o poder público as ações de governança da iniciativa privada – gestão, eficiência, metas, fiscalização”, disse, ao anunciar que não pretende buscar apoio de Arthur Neto.
Sobre apoio do governador Wilson Lima, Almeida disse: “Eu não tenho apoio de nenhuma máquina, vou fazer aliança com o povo”.