Da Redação
MANAUS – Na reunião ministerial do último dia 22 de abril divulgada nesta sexta-feira, 22, por decisão do ministro Celso de Melo, do STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que havia recebido a informação de que indígenas do Amazonas e de Roraima estavam sendo contaminados propositadamente por Covid-19 para culpar a política indigenista do governo Bolsonaro.
Na mesma reunião, Damares disse que irá pedir a prisão de prefeitos e governadores por atos realizados durante a pandemia do coronavírus que, segundo ela, violam direitos humanos.
De acordo com a ministra, no dia 12 de abril, ela viajou para o estado de Roraima com o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marcelo Xavier, e o secretário especial de Saúde Indígena, Robson da Silva, para “acompanhar o primeiro óbito” de indígena brasileiro, o ianomâmi Alvanei Xirixana, 15.
“Por que que nós fomos lá, presidente? Porque nós recebemos a notícia que haveria contaminação criminosa em Roraima, em Amazônia [ela quis dizer Amazonas], de propósito, em índios para dizimar aldeias e povos inteiros para colocar nas costas do presidente Bolsonaro”, afirmou Damares Alves.
A ministra disse que se reuniu com generais da região e o superintendente da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, “para fazer uma ação ali meio que sigilosa” e não deu detalhes sobre a operação. Segundo Damares Alves, “eles precisavam matar mais índio para dizer que a nossa política não estava dando certo”.
A declaração da ministra ocorreu no momento em que ela elogiava a política indigenista e pedia a inclusão da pauta de valores do governo Bolsonaro em projetos dos ministérios. Damares criticou a liberação do aborto e disse ao ex-ministro da Saúde Nelson Teich que a pauta de valores também deveria estar na pasta em que ele gerenciava.
“Neste momento de pandemia a gente está vendo aí a palhaçada do STF trazer o aborto de novo para a pauta e lá fala a questão de as mulheres que são vítimas do ‘Zika Vírus’ vão abortar. E agora vem o coronavírus. Será que vão querer liberar que todas que tiveram coronavírus poderão abortar no Brasil. Vão liberar geral?”, disse a ministra.
Damares também disse a Teich que o Ministério da Saúde está “lotado de feministas” que defendem uma “pauta única, que é a liberação do aborto” e que o governo Bolsonaro é “pró-vida” e “pró-família”.
“Quando a gente fala de valores, ministro, quero dizer que nós estamos indo no caminho certo. E eu quero citar aqui o exemplo da política indigenista como este governo estava construindo. Todo mundo começou a dizer, a esquerda começou a falar que o coronavírus iria dizimar os povos indígenas no Brasil. O primeiro óbito foi dia 12 de abril”, disse Damares.
A ministrada disse que “nunca houve tanta violação de direitos no Brasil” como no período da pandemia. “Direitos fundamentais foram violados. No nosso “disque 100″ tem mais de cinco mil registros, ministros, de violação de direitos humanos. Mas o senhor tem uma ministra de Direitos Humanos e uma equipe muito corajosa. São mais de cinco mil procedimentos e ações que estão sendo construídas. Governadores e prefeitos responderão processos”, afirmou.
De acordo com Damares, “a pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos”. Além disso, segundo Alves, o ministério “vai começar a pegar pesado com governadores e prefeitos”.
O lixo tomou conta do país, Bolsonaro e seus factóides se reuniram para determinarem o fim de um país e sua democracia. Ministro xingando os ministros do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, isso falado por ministro da educação, ministra dos direitos humanos determinando prisões de prefeitos e governadores, ministro dizendo que devem aproveitar a pandemia para deixar a boiada passar e tudo isso acontecendo com o aval do presidente da República. Cazuza Já dizia na sua música, QUE PAIS É ESSE.