Da Redação
MANAUS – No exercício do primeiro mandato e uma das raras vozes dissonantes entre os 41 vereadores de Manaus, Amom Mandel, 20 anos, sem partido, afirmou que é possível manter os trabalhos de parlamentar apenas com o salário. “Os vereadores recebem suficiente para custear os gastos do mandato”. No mês de novembro o valor líquido foi de R$ 11.222,21 – o bruto chega a R$ 15.031,76.
Em entrevista ao ATUAL na tarde desta quarta-feira (15) ele criticou o aumento do cotão de R$ 18 mil para R$ 33 mil. “Foi uma votação feita em tempo recorde, em regime de urgência, uma votação relâmpago, absurda, onde não se considerou o voto de todos os parlamentares. A meu ver houve uma violação no processo legislativo ao tramitar em regime de urgência”, disse Amom, que foi o único vereador da atual legislatura a abrir mão do benefício.
Ele garantiu que continuará não usando a CEAP (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar). “Não utilizar o cotão é dar o exemplo do que deveria ser a política no Brasil. O cargo eletivo não deve ser encarado como um emprego, mas sim como uma missão. Comprometer o dinheiro do meu próprio bolso com meus ideais é demonstrar que eu realmente acredito neles”.
O vereador explicou as razões que o levam a recusaar o dinheiro do “cotão”. “Eu deixo de utilizar essa cota para que a população perceba que eu consigo levar o meu mandato sem utilizar esses 18 mil reais, agora 33 mil reais mensais, e mesmo assim faço tudo e mais um pouco do que outros parlamentares fazem”.
“Essa cota é utilizada historicamente, nós sabemos disso, para desvio de verbas. Muitos parlamentares utilizam nota fria. Isso também se reflete na Câmara Municipal de Manaus. Infelizmente não há uma iniciativa mais rigorosa para fiscalizar. Algo de errado está acontecendo, nós só não conseguimos provar ainda”, acrescentou.
Amom rechaçou o rótulo que tentam lhe atribuir, de ter sido eleito vereador por força e influência de seus familiares. Ele é filho de juíza, neto de desembargador e enteado de conselheiro do TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas).
“Falar apenas em parentesco é me criticar sem uma fundamentação devida”, rebate, lembrando que as ações baseadas na transparência dos atos veiculados em suas redes sociais, foi o verdadeiro motivo do sucesso da campanha e agora do mandato, dividindo os méritos com a equipe, apoiadores e voluntários.
Ele atribuiu o desinteresse da juventude pela política às más práticas seculares dos políticos. E destac0u o não cumprimento de promessas de campanha, o clientelismo e o assistencialismo. “Esse desgate gerado ao longo dos anos acabou por corroer a imagem das instituições diante da população”, opina.
Eleito pelo Podemos com 7.537, Amom teve a sexta melhor votação para a Câmara Municipal de Manaus em sua primeira disputa. Atualmente está sem partido, mas revelou que recebeu convite para ingressar no União Brasil, partido político que surge a partir da fusão do DEM (Democratas) e PSL (Partido Social Liberal). O novo partido ainda precisa de homologação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Assista à entrevista completa com Amom Mandel:
Vereador Amom, está fazendo de si um exemplo, que espero que perdure enquanto ele for e estiver na política, infelizmente 99% dos políticos do Brasil, só fazem Leis em benefício próprio, emitem notas falsas, recibos só pra embolsarem qualquer verba pública, o MPA fecham os olhos e por isso eles deitam e rolam na cara do povo com o dinheiro do povo.
Boa noite vereador Amon estamos com você na próxima eleição,vamos lembra destes q governa só pra si