Da Redação
MANAUS – Os corpos de pessoas vítimas do novo coronavírus (Covid-19) em Manaus devem ser removidos pelas funerárias, disse a diretora-presidente da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) Rosemary Pinto. O IML (Instituto Médico Legal) não tem essa responsabilidade. O Instituto se ocupa apenas com corpos em casos de crimes e acidentes de trânsito. “Existe uma regulamentação da Anvisa e do Ministério da Saúde que definem protocolos para que as funerárias façam essas remoções”, disse.
Segundo Roseamry, devido ao alto grau de transmissibilidade do vírus, o cuidado com o corpo das vítimas é redobrado. As funerárias, inclusive, já foram orientadas sobre os procedimentos.
A Anvisa publicou nota técnica com orientações para os cuidados que as funerárias precisam ter quando estiveram em contato com os corpos das vítimas. Segundo a Agência, todos os profissionais que tiverem contato com o cadáver devem usar óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica, avental ou capote e luvas de procedimento.
A Anvisa não recomenda a autópsia das vítimas e informa que, caso o paciente tenha falecido durante o período de transmissão, os pulmões e outros órgãos ainda podem conter o vírus vivo. Em caso de necessidade, a equipe deve ser mínima nos locais, e na sala de autópsia.
O corpo é colocado dentro de um saco à prova de vazamento e selado com identificação da causa da morte. Até mesmo quem tiver contato apenas com o saco deve manter precauções, como o uso das luvas e avental, além do álcool em gel.
A emissão de óbito também é delicada. O Ministério da Saúde recomenda que a entrega do documento seja feito para apenas um familiar, de forma rápida e sem
contato físico em salas arejadas, com disponibilização de álcool em gel a 70%, água, sabão e papel toalha para higienização das mãos. O profissional que entregar o documento deverá usar máscara e luvas.