Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Alfredo Menezes, afirmou, nesta terça-feira, 11, que o ‘Plano Dubai’, que mira a exploração das potencialidades da região Amazônica, se trata de uma ideia para criar novas matrizes econômicas e não um plano para substituir o modelo Zona Franca de Manaus. Sobre os críticos da ideia, Menezes afirmou que se trata de “professores de Deus” que temem “perder o protagonismo com discurso antigo”.
“Nós queremos servir a sociedade de maneira austera, proativa e construtiva, e não dizendo que não dá para fazer. Queremos encarar os desafios e destravar as amarras que foram colocadas no passado para construir uma sociedade melhor. E é isso que alguns segmentos não querem porque vão perder o protagonismo com discurso antigo”, afirmou Alfredo Menezes.
De acordo com o superintendente da Suframa, “não existe plano nenhum”, apenas ideias para explorar matrizes econômicas alternativas para a região. Entre os polos citados, estão os biofármacos, turismo, defesa, mineração e psicultura.
Menezes afirmou que o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), Carlos da Costa, usou o termo ‘Dubai’ como exemplo positivo de pessoas que “conseguem fazer do nada alguma coisa”.
Ainda conforme o dirigente da Suframa, o projeto tem participação de “doutores, pensadores, economistas que comungam a mesma ideia” e que “já tentaram assessorar algum segmento da classe política, que nunca quiseram escutar”. “O que causa essa polêmica toda é exatamente isso. Mas a sociedade está indignada com isso e vai buscar caminhar nessa direção”, afirmou Menezes.
Alfredo Menezes disse que a Suframa vai catalizar as demandas e “desenhar, juntamente com a sociedade, o futuro do Estado e da região”. “Em nenhum momento, o nosso secretário deixou a entender que o modelo seria extinto. Quem está falado que o modelo seria extinto são pessoas que estão interpretando pelo lado leviano”, disse o superintendente.
‘Professor de Deus’
Alfredo Menezes rebateu as críticas de políticos que se posicionaram contra a ideia anunciada pelo governo federal. Segundo o superintende, a fase dos “professores de Deus”, alusão a quem sabe tudo, já passou.
“Já passamos da fase em que ‘isso não pode fazer’. Todo mundo é professor de Deus. O que nós temos que fazer é darmos soluções aos desafios que temos para fazermos o turismo, a piscicultura e a mineração funcionar ao invés de ficarmos falando publicamente que não dá para fazer”, afirmou Alfredo Menezes.
Questionado se as declarações consideradas “levianas” dificultam a estruturação do projeto, Alfredo Menezes disse que “não atrapalham em nada” e que “a sociedade está pedindo gestores construtivos e proativos”.