Da Redação
MANAUS – Um dia após defenderem investigação de contratos nos governos de quatro ex-governadores do Amazonas e do atual, Amazonino Mendes, deputados estaduais sinalizam desistir da iniciativa. No anúncio do pedido de instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na quinta-feira, 10, para investigar dispensa de licitação na gestão de Amazonino, os parlamentares defenderam que a investigação envolvesse também os governos de Eduardo Braga (PMDB), José Melo (Pros), Omar Aziz (PSD) e David Almeida (PSB). Sete parlamentares já assinaram o pedido. Falta uma assinatura para permitir a instalação.
Nessa sexta-feira, 11, os deputados se esquivaram de assumir a investigação. Autor da proposta, Sabá Reis (PR) viajou para o interior do Estado sem incluir os outros ex-governadores em sua petição. Líder do governador Amazonino Mendes, Dermilson Chagas (PP), que defendeu a inclusão dos ex-getores, afirmou que a responsabilidade de modificar o documento é de Sabá Reis.
O presidente da ALE (Assembleia legislativa do Estado do Amazonas), David Almeida, apoiou a criação da CPI e afirmou que se submete à investigação no período em que foi governador interino. Almeida também disse que cabe ao autor da proposta estender a investigação aos governos anteriores.
De acordo com o regimento interno da ALE, é necessária a assinatura de um terço dos 24 deputados, isto é, oito, para instalar a CPI. Além do próprio Sabá Reis e David Almeida, já assinaram o documento Abdala Fraxe (Podemos), Francisco Souza (Podemos), José Ricardo (PT), Luiz Castro (Rede) e Serafim Corrêa (PSB).
A deputada Alessandra Campelo (PMDB), ligada ao senador Eduardo Braga, defendeu a inclusão da ex-gestão de Braga no governo do Estado, mas não assinou a petição.