MANAUS – O Conselho de Economia do Amazonas (Corecon-AM) realiza nesta quarta-feira, 19, às 16h, em sua sede em Manaus, um encontro de notáveis economistas, autoridades, consultores, técnicos de governo e estudantes para debater e propor políticas públicas e privadas para o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), no cenário pós-prorrogação pelos próximos 50 anos.
O ciclo de encontros do Corecon-AM se transformou em um dos principais fóruns econômicos da região para debater e propor tratativas com proposições positivas para o modelo ZFM, explica o presidente da entidade, Marcus Evangelista. “Uma vez que temos a prorrogação aprovada, isso não é garantia de atratividade para novos investimentos”. Ele ressalta que muita coisa precisa ser feita, como por exemplo, a resolução do gargalo da logística com altos custos, e a falta de um centro de inteligência para analisar os incentivos fiscais.
“Nossos debates são práticos e objetivos, independente de cor partidária, mas já contribuímos para tomadas de medidas governamentais como o Plano de Desenvolvimento da Amazônia feito pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que utilizou nossos estudos sobre os entraves do Modelo ZFM”, disse Evangelista.
Velhos problemas
O conselheiro consultivo do Corecon-AM, o economista José Laredo, militante há 35 anos como consultor das empresas no modelo ZFM, destaca a importância desse fórum, que, segundo ele, toca no ponto central dos cenários econômico, político e de gestão do PIM. “Devemos ver quais as melhorias que devem ocorrer na gestão do polo com as três linhas de abrangência da Suframa, da Sudam, e do governo do Amazonas”, explica Laredo.
O nosso pacote de vantagens tributárias do PIM (VTC-Vantagem Tributária Comparativa) precisa de um olhar especial e constante, uma vez que é o que atrai os novos investimentos e mantém os atuais, além de trazer enormes vantagens para os governos do Estado e município. “O modelo acabou de ter um reforço com a decisão recente da União Européia (UE) em retirar a ZFM da celeuma de suspeita dos incentivos danosos para a economia mundial”, disse.
“Os Conselheiros do Corecon compartilham ideia de que há uma grande oportunidade para um choque de gestão no PIM e os nossos debates podem lançar as sementes dessa imperdível chance que o modelo tem para reescrever sua história e emparelhar-se com novas metodologias de gestão; metas e avaliações devem ser as palavras que o Corecon defende”, afirmou Laredo.