MANAUS – O Simeam (Sindicato dos Médicos do Amazonas) em parceria com CRM-AM (Conselho Regional de Medicina) vai divulgar uma nota, a partir deste sábado em Manaus, intitulado “Alerta a população”, denunciando a situação da saúde no Estado, com o corte proposto pelo governo nos serviços prestados por cooperativas e empresas de especialidades médicas. A manifestação deve ser publicada em jornais e outdoors e nas redes sociais.
No documento, a que o AMAZONAS ATUAL teve acesso, os médicos afirmam que a redução de 10% nos contratos de serviço prestados nas unidades de urgência e emergência “é uma decisão unilateral do governo do Estado, a quem caberá responder pelas consequências”.
A diretoria do Sindicato dos Médicos, em nota publicada no site da instituição, afirma que será criada uma entidade para congregar as empresas e cooperativas médicas no Amazonas. A reunião para discutir o tema foi realizada na terça-feira, 23, na sede do Simeam. “O objetivo foi discutir os novos rumos da saúde no Amazonas a partir da imposição do Governo do Estado da redução de 10% dos serviços médicos contratados”, diz a nota do sindicato.
De acordo com Simeam, a categoria iniciou o processo de unificação da categoria em prol de uma garantia da força de negociação junto ao Estado “A situação está difícil para a categoria médica e não é de hoje, precisamos mais do que nunca estar caminhando juntos” afirmou o presidente do sindicato, médico Mario Vianna.
Ele considerou a reunião “um marco na história da saúde pública do Estado”, por ter aprovado por todas as empresas presentes a criação da Federação ou Associação das Empresas de Especialidades Médicas. “Iremos definir ainda a nomenclatura, se Federação ou Associação, mas o importante é que decidimos pela união em prol da sociedade e da saúde pública” afirmou Vianna.
Os médicos das cooperativas e empresas tem uma nova reunião marcada para o dia 2 de julho com o Simeam e o CRM, e prometem, depois desse encontro, realizar uma entrevista coletiva, ocasião em que cada empresa deve apresentar os dados, números e fotos que representam a atuação dos profissionais nas unidades do Estado e o quanto essa redução de 10% imposta pelo governo nos serviços médicos contratados coloca em risco a saúde da população.
Abaixo, a nota que deve ser divulgada neste sábado.