SÃO PAULO – O CFM (Conselho Federal de Medicina) aprovou o uso da membrana amniótica em queimaduras, úlceras diabéticas, oftalmologia e ginecologia. A autorização deve ser publicada em uma semana no site da entidade.
A próxima etapa será ir para aprovação na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) e depois para o SNT (Sistema Nacional de Transplante). Somente a partir desse procedimento os médicos poderão o material.
A membrana amniótica já é usada nos Estados Unidos e em países da União Europeia e da América do Sul. Ela é o envoltório da placenta que depois que a criança nasce é desprezado, na grande maioria das vezes.
Segundo o cirurgião plástico Eduardo Chem, diretor do Banco de Pele da Santa Casa de Porto Alegre e presidente da regional da Sociedade Brasileira de Queimaduras do Rio Grande do Sul, a membrana é um substituto da pele. Com o pré-natal, a equipe tem toda a sorologia, diferente da pele que o doador é desconhecido. Assim, a membrana diminui os custos e funciona como um curativo biológico.
“Como existe em abundância, podemos usar não só em grandes queimados com queimaduras extensas de terceiro grau grave, mas, também, em queimaduras menores de segundo grau e nas zonas doadoras do auto enxerto que costuma doer bastante. Enfim, aumenta muito a gama da utilização dela”, conta o médico.
A membrana amniótica é captada somente no parto cesariana e com o consentimento da família. Após a captação, ela é levada a um banco de tecidos para que seja feita a descontaminação, como se faz com a pele.
(Com informações da YD Comunicação Integrada)