MANAUS – Qualquer brasileiro maior de 25 anos e sem antecedentes criminais pode ter uma arma em casa. É a chamada “posse de arma”. O porte que é a permissão para andar com um revólver na rua, são outros quinhentos.
Trata-se de um privilégio restrito a militares, policiais, funcionários de empresas de segurança privada e trabalhadores rurais que morem em locais distantes, sem policiamento. É assim desde dezembro de 2003, quando foi assinado o Estatuto do Desarmamento no Brasil.
Muitas pessoas baseiam-se no exemplo norte americano onde comprar um revólver é tão simples quanto trocar um eletrodoméstico. Estima-se que existam quase 400 milhões de armas, uma média de 121 a cada 100 pessoas – mais armas do que gente. Imagina essa realidade aplicada ao Brasil.
Para começar, o índice de suicídios iria às alturas. Nos EUA, a maioria das mortes por armas de fogo acontece dessa forma – incríveis 64,2% dos 37.200 óbitos em 2016. No Brasil, essa porcentagem é de 4%, ou 1.728 mortes.
“Mas o cidadão precisa ter, pelo menos, uma chance de se defender”, é o que várias pessoas argumentam. Para eles se Estado falha, o cidadão deve assumir o direito à própria segurança. Foi esse um dos sintomas da greve de policiais no Espírito Santo, em 2017, que fez triplicar os pedidos de registro por lá.
A verdade é que, se você conhece alguma história de sucesso de alguém que reagiu a um assalto, essa não é a regra. Contrariando isso, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) concluiu que uma pessoa armada corre o risco 56% maior de morrer em comparação a alguém sem arma.
Outro dado importante é o analisado por Thomas V. Conti da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Entre 2013 e 2017, ele traduziu 48 resumos de pesquisas sobre armamentos: 90% delas são unânimes ao dixer que quanto mais armar maior o número de crimes letais, como homicídios. Serão mais pessoas perdendo a vida e não é isso que precisamos agora.
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Leis de desarmamento só servem para três coisas: 1- Desarmar os honestos. 2- Enganar os tolos. 3- Dar segurança aos bandidos.
Suas fontes de dados e informações se mostram como sendo extremamente inexatas. Com base em que pesquisa ou estudo a senhorita pode afirmar que “os suicídios iriam às alturas”? Faltou citar a fonte que corroboraria sua afirmação. Mas eu sei o motivo pelo qual a senhorita não a apresentou: é porque ela não existe.
Ademais, porque não mostrou “o outro lado da moeda”? Por que não buscou também estatísticas e estudos que mostram que, por exemplo, em estados dos EUA nos quais havia rígida restrição à posse e porte de arma de fogo os índices de homicídios, estupros e invasões de domicílio CAÍRAM MAIS DE 50% após a TOTAL REVOGAÇÃO de tais restrições? O estado de Chicago é um ótimo exemplo — senão o principal deles. Nova York outro. Califórnia idem.
“A arma de fogo é o único instrumento que põe em pé de igualdade uma mulher de 50 kg contra um estuprador de 90 kg. Um idoso de 75 anos contra um invasor de domicílio de 19 anos. Um homossexual sozinho contra um carro lotado de bêbados com tacos de beisebol.”
“A arma de fogo é o único instrumento igualmente letal nas mãos de um octogenário quanto nas de um halterofilista. A arma de fogo não funcionaria como um equalizador de forças única e exclusivamente se não fossem igualmente letais e facilmente empregáveis.”
“Quando eu porto uma arma de fogo, eu não o faço porque estou procurando encrenca, mas porque espero ser deixado em paz. A arma de fogo na minha cintura significa que eu não posso ser forçado, apenas persuadido. Eu não porto uma arma de fogo porque sinto medo, eu porto uma arma de fogo porque ela me permite não ter medo. Minha arma de fogo não limita as ações daqueles que interagiriam comigo por meio da razão, somente daqueles que pretenderiam fazê-lo por meio da força. A arma de fogo remove a força da equação. E é por isso que portar uma arma de fogo é um ato civilizado.”