Do UOL/Folhapress
RIO DE JANEIRO-RJ – O Flamengo está de volta à final da Copa Libertadores depois de 38 anos. Após empatar em 1 a 1 no jogo de ida da semifinal, a equipe carioca goleou o Grêmio por 5 a 0 nessa quarta, 23, diante de um Maracanã lotado, e avançou à decisão. Os gols foram de Bruno Henrique, Gabriel (duas vezes), Pablo Marí e Rodrigo Caio.
A campanha do Flamengo, líder do Campeonato Brasileiro, deixa o clube perto de coroar temporada em que gastou cerca de R$ 190 milhões em reforços. A própria dupla de ataque protagonista desta quarta custou caro. Para tirar Bruno Henrique do Santos, os flamenguistas investiram R$ 26 milhões. O atacante Gabriel, que chegou por empréstimo até o fim da temporada, receberá em 2019 cerca de R$ 15 mi em salários.
Só em Arrascaeta, a contratação mais cara, a diretoria desembolsou R$ 80 milhões por 75% do vínculo do uruguaio. Rodrigo Caio, ex-São Paulo e titular na zaga, foi contratado por R$ 24 milhões. O clube gastou mais R$ 49 milhões na compra do meia Gerson e outros R$ 5,4 milhões com o zagueiro espanhol Pablo Mari, entre outros.
De 2015 para cá, o Flamengo gastou mais de R$ 250 milhões em jogadores. Mas não conseguia fazer bom papel na principal competição do continente, torneio que o clube conquistou em 1981, quando derrotou o chileno Cobreloa na decisão.
Com exceção do ano do título, a Libertadores jamais trouxe boas lembranças à equipe rubro-negra. Desde então, o Flamengo disputou outras 13 edições. Teve as quartas de final em três oportunidades como melhores campanhas. Também caiu na fase de grupos cinco vezes, três delas recentes: em 2012, 2014 e 2017. No ano passado, foi eliminado nas oitavas.
Em 1981 o clube foi campeão mundial ao derrotar o Liverpool, da Inglaterra. Caso vença o River Plate (ARG) na decisão da Libertadores, o Flamengo pode reencontrar o time inglês. O Liverpool é o atual campeão da Champions League e está classificado para o Mundial de Clubes em dezembro, no Qatar.
A final da Libertadores está marcada para 23 de novembro, em Santiago, no Chile. Pela primeira vez o torneio continental será decidido em jogo-único.