Do Estadão Conteúdo
CAMPINAS – Uma expulsão infantil de Rodrigo aos 20 minutos do primeiro tempo foi determinante para rebaixar a Ponte Preta para a Série B do Campeonato Brasileiro. O time campineiro vencia por 2 a 0 quando o zagueiro foi expulso ao agredir Tréllez fora do lance de bola. Na etapa final, o Vitória buscou a virada por 3 a 2 no confronto válido pela penúltima rodada. Antes mesmo do apito final do árbitro, aos 37 minutos, um grupo de torcedores quebrou uma grade e invadiu o gramado para agredir os jogadores, que correram em direção aos vestiários.
Após 40 minutos de esvaziamento do Majestoso, o trio de arbitragem voltou ao gramado, conversou com representantes dos dois clubes e deu o jogo por encerrado. Segundo o representante da partida, Aguinaldo Viena, o comando da Polícia Militar não garantiu a segurança do jogo, principalmente por incidentes fora do estádio.
Uma tragédia poderia ter ocorrido. Os jogadores dos dois times correram em direção aos vestiários. Inclusive, pelo menos dois pontepretanos, Nino Paraíba e Luan Peres, se protegeram nos vestiários do Vitória. A Polícia Militar entrou em ação primeiro para esvaziar o gramado. Depois para colocar todo público para fora do estádio. Cenas tristes foram gravadas pela televisão, como crianças chorando e mulheres desesperadas. E muitos torcedores correndo. A pequena torcida baiana também saiu do estádio.
Estagnada nos 39 pontos, a Ponte Preta caiu para a penúltima colocação e, faltando uma rodada para o fim da competição, não tem mais chances de escapar do rebaixamento. Mesmo se vencer o Vasco, em São Januário, no próximo domingo, o time campineiro chegaria aos 42 pontos, enquanto o Coritiba, primeiro fora do Z4 tem 43, mesma pontuação do Vitória, 15.º colocado. Os baianos recebem o Flamengo, em Salvador, e dependem apenas de suas próprias forças para permanecer na elite.