Da Redação
MANAUS – O município de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus) sofre um surto da dengue, com aumento de 181% nas notificações na comparação entre os meses de agosto e de setembro. Os dados são da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas), que enviou técnicos para o município para monitorar as ocorrências.
Segundo o Departamento de Vigilância Ambiental (DVA/FVS-AM), em agosto foram 44 casos de dengue. Já em setembro, esse número saltou para 124. Consta no Sinan que foram 232 casos da doença de janeiro a setembro de este ano, e 228 no mesmo período do ano passado.
No último levantamento rápido de índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado este ano, Boca do Acre foi classificado como “médio risco”, sendo os criadouros predominantes localizados em lixo.
De acordo com a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, a equipe vai apoiar as ações de controle de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Boca do Acre.
Cenário
Segundo dados do Sinan, foram notificados, até a primeira quinzena de outubro, 8.258 casos de dengue no Amazonas. Os municípios do estado que mais apresentaram notificações por dengue são Manaus (1.831 notificações); Guajará (1.040); São Gabriel da Cachoeira (883); Benjamin Constant (656) e Humaitá (582).
Mosquito
O Aedes aegypti é um mosquito doméstico que vive dentro de casa e perto do homem, e também transmite zika e chikungunya. O mosquito se alimenta de sangue humano, principalmente ao amanhecer e ao entardecer.
A reprodução da espécie ocorre em água limpa e parada, a partir da postura de ovos pelas fêmeas, que são colocados e distribuídos por diversos criadouros. O mosquito leva de sete a 10 dias para chegar à fase adulta.
Sintomas
Os principais sintomas da dengue são febre, dores nas articulações, vômito, manchas vermelhas no corpo, sangramento e dor abdominal. Diante desses sintomas, a recomendação é buscar atendimento médico no serviço de saúde de sua cidade.
Prevenção
Como prevenção às doenças transmitidas pelo mosquito, basta investigar os locais com água parada. O ideal é que seja realizada essa varredura uma vez por semana, levando apenas 10 minutos.
Portanto, recomenda-se tampar tonéis e caixas d’água; manter calhas sempre limpas; deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo; manter lixeiras bem tampadas; deixar ralos limpos e com aplicação de tela; realizar limpeza semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia; limpar com escova ou bucha os potes de água para animais; e retirar água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.