Do Estadão Conteúdo
SÃO PAULO – Os surfistas do Circuito Mundial voltarão a competir em uma piscina de ondas artificiais em 2025. O calendário do próximo ano terá uma etapa com ondas geradas artificialmente em Abu Dabi, estreante no campeonato, anunciou a WSL, entidade que organiza o Circuito, nesta quinta-feira (15). A data da competição ainda não foi definida.
Será a estreia de Abu Dabi no Circuito. Os surfistas vão competir na nova piscina de ondas localizada na Ilha Hudayriyat, na capital dos Emirados Árabes Unidos. A estreia da estrutura acontecerá ainda neste ano durante a disputa do WSL Longboard Tour, campeonato voltado para os longboards, no fim de setembro.
A etapa numa piscina de ondas vai preencher a lacuna deixada pela disputa que vinha sendo realizada no Surf Ranch, de propriedade do surfista americano Kelly Slater até o ano passado – a etapa deixou o calendário neste ano. Abu Dabi, contudo, vai utilizar a mesma tecnologia da Kelly Slater Wave Company (KSWC), empresa que detém o know-how deste tipo de estrutura.
“A colaboração entre a Kelly Slater Wave Company e a Surf Abu Dabi criou uma instalação de classe mundial, que fornecerá ondas perfeitas para ajudar a desenvolver na região, uma comunidade de surfe inteiramente nova em Abu Dabi”, afirmou Jeff Fleeher, presidente da Kelly Slater Wave Company.
“A parceria com a WSL agora amplifica esta oportunidade, criando uma plataforma para mostrar os melhores surfistas do mundo para novos fãs e os que já existem no coração do maior ecossistema esportivo de Hudayriyat Island”, acrescentou.
O CEO da WSL, Ryan Crosby, também exaltou a parceria. “Estamos ansiosos para ver o que as instalações do Surf Abu Dabi podem oferecer aos melhores surfistas do mundo – e ao mundo do surfe em geral – no futuro. Tanto a evolução na tecnologia de ondas quanto a própria região apresentam oportunidades interessantes para a WSL e estamos animados para ver tudo isso ganhar vida nos próximos meses”.
A disputa em piscina de ondas voltou a ganhar os holofotes na reta final da Olimpíada de Paris-2024 em razão das dificuldades enfrentadas pelos surfistas nas fases finais da competição realizada no Taiti. O brasileiro Gabriel Medina foi derrotado na semifinal numa bateria com raras ondas, que o deixou sem pontuação suficiente para alcançar a final – acabou levando a medalha de bronze. A falta de ondas gerou discussão sobre o recurso da piscina de ondas para futuras edições dos Jogos Olímpicos.
O calendário do Circuito Mundial de 2025 será anunciado somente após a disputa do WSL Finals, a última etapa da temporada, a ser realizada em Trestles, nos Estados Unidos, entre os dias 6 e 14 de setembro. Antes disso, os surfistas vão cair na água na etapa de Fiji, em Cloudbreak, ainda neste mês, entre os dias 20 e 29.