Os cientistas Brasileiros Suzana Herculano-Houzel, neurocientista, e Bruno Mota, físico, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) deram um importante passo para o que parece ser a quebra de um mito: na verdade, as dobras e reentrâncias do cérebro humano são fruto do crescimento e da forma como ele acaba assumindo sua aparência dentro da caixa craniana, ou seja, é fruto da física, segundo o trabalho publicado na revista Science. Antigamente, cientistas achavam que as dobras do cérebro tinham a ver com a capacidade de empacotar neurônios.
Suzana pensa em fechar laboratório
Em entrevista para o site da Veja, Suzana Herculano-Hounzel diz que pensa em fechar o seu laboratório e ir trabalhar fora do Brasil. Os constantes cortes de verbas por parte do governo federal e do Estado do Rio de Janeiro têm prejudicado várias pesquisas e atrasado a ciência. Veja a entrevista completa clicando aqui .
Sem saída
A tragédia, antes anunciada, está cada vez mais real: todos os pesquisadores sabem o quanto é difícil emplacar trabalhos em revistas tradicionais como a Science. E nem isso foi capaz de motivar nossos governantes a garantir, tanto para o laboratório de Suzana, quanto para outros pesquisadores, mais verbas e apoio. Segundo a neurocientista, de R$ 100 mil reais apenas R$ 50 mil em verbas foram aprovados para um período de 3 anos e, até agora, apenas R$ 6 mil foram liberados. Continuaremos a assistir, tristes, o que parece ser um futuro difícil para a pesquisa brasileira.
Aluno da UFRJ premiado
Allan Kardec Nogueira de Alencar, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, foi premiado pelo Biotech-Space, uma rede de pesquisadores de biotecnologia, segundo o site da UFRJ. Allan publicou trabalhos notáveis sobre farmacologia clínica durante o seu doutorado. Ele foi eleito Pesquisador do Ano 2014 e recebeu uma placa comemorativa neste mês durante solenidade na universidade.
Energia a partir de lixo e esgoto
Os alunos Gabriel Litaiff, Maissa Nascimento, Rodrigo Botinelly e Maria Juliana Lima, alunos de Engenharia Química da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) apresentaram para a comunidade acadêmica um projeto que cria energia sustentável a partir de esgoto doméstico e resíduos orgânicos. Segundo os alunos, o projeto poderia ser aplicado nas feiras de Manaus, onde há o descarte diário de oito toneladas de material orgânico. A instalação do sistema total custaria R$ 800 mil, valor que, segundos os autores do projeto, se pagaria em sete meses de funcionamento.
Novo método de medição
Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) estão desenvolvendo um novo gravímetro. O aparelho indica a movimentação das camadas terrestres além de ajudar a identificar estruturas geológicas com reservas de petróleo e gás, dentre outras coisas. Este novo aparelho gera dados a partir de oscilações diversas via onda estacionária de luz. Segundo site da USP, futuramente será possível fazer versões portáteis do aparelho.
Fóssil em construção residencial
Um belo dia, trabalhadores da construção civil de Uberaba, em Minas Gerais, estavam trabalhando tranquilamente quando encontraram fósseis de dinossauros. Segundo matéria no site do Estadão, os fósseis foram encontrados no Bairro São Bento e ainda estão inseridos nas rochas originais. Os trabalhos de escavação estão sendo feitos pelo Complexo Cultural e Científico de Peirópolis, que é ligada à Universidade Federal do Triângulo Mineiro (clique na imagem abaixo para ampliar).
Metano detectado
A sonda New Horizons, da Nasa, detectou a presença de metano na superfície congelada de Plutão. Apesar dos astrônomos já saberem da existência do gás, a detecção foi fundamental para tentar responder especulações sobre o planeta. Em comunicado oficial, a Nasa diz que não há a confirmação de que o metano encontrado em Plutão seja o mesmo encontrado no subsolo e na atmosfera terrestre (fórmula química CH4). Com bom humor, o comunicado começa da seguinte maneira: “Sim, há metano em Plutão, e, não, ele não vem das vacas.”
Yara Laiz Souza, acadêmica de Ciências Biológicas da UEA, manauara. Ex-aluna do IFAM/CMDI,
ex-pesquisadora de PIBIC. Escreve sobre ciências para o Amazonas Atual e para a
organização Livres Pensadores.
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