MANAUS – Mais de 400 policiais militares, 8 tratores, apoio aéreo e um atirador de elite atuaram no processo de reintegração de posse da área conhecida como ‘Cidade das Luzes’, situada no bairro Tarumã, próximo à Vivenda do Pontal, Zona Norte de Manaus. Está é a segunda vez que a área protegida ambientalmente, mas que conta com asfalto e iluminação, é desocupada.
O terreno de propriedade de Helio Carlos de Carli, passou por uma desapropriação em 2011, quando o então secretário municipal de Meio ambiente, Marcelo Dutra, sugeriu a criação um projeto arquitetônico para que a área se tornasse ferramenta de estudos ambientais e impedisse novas reocupações. O local ainda era conhecido como ‘José de Alencar’.
O comandante do Policiamento Especializado (CPE), Cleitman Rabelo, informou que antes da ação policial as secretarias de assistência social teriam uma hora para cadastrar famílias para receber casas e benefícios assistenciais. “Nosso objetivo é o diálogo, para resolver os interesses do Estado e dos moradores”, declarou ele. Os moradores, a princípio mostraram resistência e se posicionaram na entrada do ramal. Com o início da atuação das forças policiais, reivindicaram ateando fogo na área ambiental e fizeram uma barricada.
Com o início da ação das forças policiais, moradores iniciaram alguns focos de incêndio e fizeram uma barricada. Na ação um morador passou mal, mas não foi socorrido por conta do obstáculo na entrada da área. Um cachorro esquecido em um casebre teve as patas quebradas, por conta da destruição do local por um trator
Antes da decisão judicial de reintegração de posse, a justiça determinou que foragidos de cadeias públicas da cidade, que moravam no local, deveriam ser recapturados para evitar um possível confronto com as forças policiais. Por este motivo, a desocupação não ocorreu anteriormente.
Primeira ocupação
Em 2012, Agnaldo Pereira Gonçalves e Vitor José Paulino, foram condenados ao regime fechado, por serem autores indiretos de reserva de lotes de terras no local que era conhecido como invasão ‘José de Alencar’. Na época, foi destruído um total de 310.197 metros quadrados, equivalente a 37 campos de futebol, em apenas quatro meses de ocupação. Para evitar a reocupação, o secretário de municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), em 2011, Marcelo Dutra, informou que haveria um estudo de junto com as secretarias Implurb (Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano) e a Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura), para que fosse realizado um projeto arquitetônico para a área ou de estudos ambientais. O planejamento, evitaria que a área fosse ocupada novamente.
(Atualizado às 11h25)