
Do ATUAL
MANAUS — Em 2022, Manaus tinha 2.005.340 de moradores com 2 anos ou mais de idade. Desse total, 147.873 têm algum tipo de deficiência — correspondendo a 7,4% da população da capital amazonense, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A maioria dos casos está relacionada à dificuldade para enxergar, mesmo com o uso de óculos ou lentes. A deficiência visual afeta 101.827 pessoas, 5,1% da população da capital.
Em todo o Amazonas, 266.814 pessoas relataram possuir ao menos uma limitação funcional, equivalendo a 7% da população estadual. Além de Manaus, os municípios com os maiores números absolutos são Manacapuru (8.320), Itacoatiara (7.022), Tefé (6.030), Parintins (6.026) e Iranduba (4.777). Os menores registros estão em Japurá (436), Amaturá (452), Santa Isabel do Rio Negro (507), Alvarães (541) e Barcelos (618).
A dificuldade para andar ou subir degraus é a segunda mais frequente, com 40.054 pessoas (2,0%). As demais limitações — como dificuldade para pegar pequenos objetos (23.771 pessoas ou 1,2%), ouvir (21.890 pessoas ou 1,1%) e se comunicar, realizar cuidados pessoais, trabalhar ou estudar (21.975 pessoas ou 1,1%) — apresentam percentuais próximos.
Entre as 266.814 pessoas com deficiência no Amazonas em 2022, a maioria (25.502) estava na faixa etária de 45 a 49 anos, seguida por quem tem entre 50 e 54 anos (23.857) e 55 a 59 anos (23.329). O menor número foi registrado entre pessoas com 100 anos ou mais (462) e entre 95 e 99 anos (1.117).
Deficiência visual
No Amazonas, a limitação visual também é a mais frequente atingindo 180.608 pessoas (4,7% da população com 2 anos ou mais). Em seguida, aparecem as dificuldades para andar ou subir degraus (1,9%), se comunicar ou realizar atividades diárias (1,1%), ouvir (1,0%) e pegar pequenos objetos (1,1%).
O grau de limitação também foi detalhado: 16.421 pessoas afirmaram não conseguir enxergar de forma alguma; 15.033 não conseguiam andar ou subir degraus; 13.608 não se comunicavam ou cuidavam de si mesmas; 11.019 tinham limitações motoras finas severas; e 9.433 não conseguiam ouvir, mesmo com aparelho auditivo.
Região Norte
A Região Norte registrou o segundo maior percentual de pessoas com deficiência (7,1%), atrás apenas do Nordeste (8,6%). As outras regiões apresentaram: Sudeste (6,8%), Sul (6,6%) e Centro-Oeste (6,5%).
Entre os estados, o Amazonas ocupa a 19ª posição no ranking nacional. Alagoas lidera com 9,6%, seguido por Piauí (9,3%) e Pernambuco (8,9%). No outro extremo, Roraima (5,6%), Mato Grosso (5,7%) e Santa Catarina (6%) têm os menores índices.
O IBGE também estimou que 801.264 domicílios amazonenses tinham ao menos uma pessoa com deficiência em 2022. Em 713.355 desses lares, somente adultos possuíam alguma limitação; em 50.207, apenas crianças com deficiência; e em 37.703 havia convivência entre gerações com diferentes tipos de limitações.