Da Redação
MANAUS – Casas mais antigas no Centro de Manaus, as construções históricas de números 69 e 77 na Rua Bernardo Ramos foram transformadas em espaço cultural. O Centro Cultural Óscar Ramos será inaugurado quinta-feira, 24, dia do aniversário de 350 anos da cidade. As residências, que foram restauradas, irão abrigar o acervo de Oscar Ramos, um dos principais artistas amazonenses que morreu em junho deste ano.
“Uma singela homenagem diante da grande genialidade de Óscar Ramos, que foi um amigo muito querido. Sem dúvida, um dos maiores nomes da arte contemporânea do Brasil e que continuará sendo referência e colaborando para a formação cultural do nosso povo”, disse o prefeito Arthur Virgílio Neto.
Construídas em 1819, as casinhas, feitas à base de taipa – barro e madeira – e pedra, foram consideradas as primeiras moradias de Manaus e são herança da arquitetura colonial. A Casa 69 sediará a exposição permanente de Óscar Ramos. Obras como pintura, textos, figurinos, produções, desenhos de moda do artista, objetos pessoais como mobílias utilizadas por Óscar, capas de LPs, estarão entre os artigos e objetos expostos no local. Já a Casa 77 sediará exposições temporárias de artistas como Óscar Ramos, com quadros que nunca foram expostos de Óscar, entre outros materiais.
Óscar Ramos nasceu em Itacoatiara, interior do Estado do Amazonas (distante a 269 quilômetros de Manaus) e é considerado um dos principais nomes das artes visuais no Brasil, tendo, inclusive, realizado trabalhos com grandes nomes da música brasileira, assinando capas de discos de Caetano Veloso, Maria Betânia, Gilberto Gil e Gal Costa, por exemplo, além de trabalhos premiados no exterior. Ramos possui uma longa trajetória, composta por mais de 60 anos de produção, marcada pelo experimentalismo de apelo universal.