MANAUS – Canções norte-americanas compõem o tema do recital que acontece neste sábado, 25, a partir das 11h, no Centro Cultural Palácio Rio Negro, no Centro. A mezzo-soprano norte-americana Leneida Crawford e a pianista brasiliense Joana Cunha conduzem a apresentação, que terá desde as primeiras composições do cancioneiro estadunidense até canções do século XX.
A apresentação é gratuita e aberta ao público em geral, numa realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC).
Com canções compostas do século XVIII ao século XX, o recital traz um amplo panorama da produção musical vocal nos Estados Unidos. “O programa abrange um amplo espectro musical, incluindo desde obras de compositores mais modernos até aquela considerada a primeira canção norte-americana, com a qual abrimos o programa”, comenta Joana Cunha, citando “My days have been so wondrous free”, de Francis Hopkinson (1737-1791), primeira na lista da apresentação.
A seleção permitirá ao público apreciar as diferentes influências que marcaram a canção norte-americana ao longo do tempo, como aponta Leneida. “Há sonoridades mais jazzísticas, no caso dos compositores mais modernos, com canções que às vezes parecem feitas para o teatro. E também há um pouco da tradição europeia nas canções românticas, e do estilo hino, muito típico da canção norte-americana”, enumera ela.
Programa – Além de Hopkinson, o recital segue com canções como “There are plenty of fish in the sea”, de Stephen Collins Foster (1826-1864); “Circus Band”, de Charles Ives (1874-1954); e as “Half Minute Songs”, de Marion Bauer (1882-1955). Há ainda peças líricas, como “What a movie”, da ópera “Trouble in Tahiti”, de Leonard Bernstein (1918-1990); e “Lullaby”, de “The consul”, de Gian Carlo Menotti (1911-2007).
Dentre as composições mais modernas aparecem “Last words of a bluebird”, de John Duke (1899-1984); “Come ready and see me”, de Richard Hunley (1931-); “Three husbands (Epitaph 9)”, de Theodore Chanler (1902-1961); e “Vilanelle”, de William Bolcolm (1938-). A seleção traz ainda peças curiosas como “Stripsody”, de Cathy Berberian (1925-1983), cuja partitura lembra um filme ou história em quadrinhos.
Em Manaus – O recital no Palácio Rio Negro marca a primeira apresentação de Leneida e Joana Cunha na capital amazonense, que também visitam pela primeira vez. “Fiquei surpresa de ver uma cidade tão diversa e tão grande”, comenta Leneida, que conheceu ainda um pouco da natureza nos arredores da zona urbana. “Eu e meu marido nadamos com os botos, o tempo estava perfeito. Foi muito bonito”, conta.
A cantora comenta que não conhecia muito sobre o cenário da música erudita na cidade. “Fiquei impressionada”, declarou. “Mas temos amigos brasileiros nos Estados Unidos, e sabemos que há muita coisa acontecendo no país”.
Joana Cunha, por sua vez, conta que sabia um pouco sobre o circuito local por meio de amigos que já participaram do Festival Amazonas de Ópera (FAO). Em sua primeira apresentação em Manaus, ela convida os espectadores locais para um passeio pela musicalidade da canção norte-americana: “O público pode fazer uma viagem conosco por esses períodos distintos da música dos Estados Unidos, unidos pelas sonoridades características norte-americanas”.
Quem são – Cantora lírica de voz mezzo-soprano, Leneida Crawford vem contribuindo ao longo de sua carreira para difundir a música estadunidense, apresentando recitais de canções norte-americanas por cidades dos Estados Unidos e em países como China, Áustria e México. Também já participou de recitais líricos e, mais recentemente, viveu o papel de Suzuki com a Ópera Fairbanks, no Alasca. É também professora da Towson University, em Maryland (EUA).
Joana Cunha de Holanda é graduada em Música pela Universidade Estadual de Campinas (SP), com mestrado em Artes pela University of Iowa (EUA) e doutorado em Música pela UFRGS. Desde 2006, leciona na Universidade Federal de Pelotas em disciplinas como Piano, Música de Câmara e outras. Atua como pianista e camerista, tendo estreado diversas obras para piano solo. Em 2013, lançou o CD “Piano Presente”, dedicado à música de compositores brasileiros da atualidade, pelo Selo Sesc-SP.
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