Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – As chances de Gedeão Amorim (PMDB) substituir Sabino Castelo Branco (PTB) na Câmara dos Deputados ainda este ano caíram junto com a votação da reforma da Previdência. Isso porque, na avaliação do parlamentar, a presidência da Câmara só apressaria a ida dele para Brasília se a matéria fosse ser votada na próxima semana, para garantir mais um voto favorável ao governo.
Segundo Gedeão, como a pauta da reforma da Previdência naufragou este ano, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), preferiu também adiar o processo de substituição de Sabino, que está há três meses internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, depois de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em Manaus.
Pelo regimento da Câmara, nos casos de doença, um parlamentar só pode ficar afastado do cargo por três meses. Vencido este prazo, o político deve ser substituído. A licença de Sabino expirou nesta semana.
Gedeão diz ter informações de que Rodrigo Maia tomou a decisão de tratar do assunto somente em fevereiro também como forma de demonstrar respeito à família de Sabino, que passa por um momento difícil nesta época de festas de fim de ano.
“Eu também não estou desesperado para chegar lá de qualquer jeito. É um ano só de atividade parlamentar, em um contexto politicamente delicado. Portanto, não estou nenhum pouco preocupado”, afirmou Gedeão. “A expectativa que sobrou para mim é fevereiro. É claro que se o deputado Sabino se recuperar até lá, isso já fica fora de cogitação”, completou o vereador.
Despesas
Até novembro, o ressarcimento de despesas médicas e hospitalares de Sabino feito pela Câmara dos Deputados somavam R$1.496.733,23 em 2017. O parlamentar do Amazonas assumiu o cargo em janeiro de 2016, como suplente de Marcos Rotta (PSDB).
As informações foram obtidas pelo ATUAL com base na Lei de Acesso à Informação (Lei n° 12.527/2011). O relatório do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade (Defin) da Câmara dos Deputados informou que, por intermédio do gabinete do deputado, foi pedido o ressarcimento de R$ 1.496,733,23 em despesas médicas e hospitalares, comprovadas por notas fiscais.
Até então, a diretoria do Defin autorizou o reembolso de R$ 1.343.683,23 referentes a tratamento cirúrgico de alta complexidade, internação em UTI, diárias, taxas, exames de diagnósticos e honorários médicos.