Da Redação
MANAUS – O Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) autorizou, nesta quarta-feira, 24, o Cadastro de Criadores de Abelha-Sem-Ferrão para manejo e produção de mel da espécie silvestre no município de Itapiranga (a 339 quilômetros de Manaus). São 60 colmeias cultivadas nas comunidades rurais de Paraguai, Santa Maria do Madrubá, São José da Enseada, Ilha Grande, Terra Nova e na sede da cidade.
O presidente do Ipaam e secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), Marcelo Dutra, disse que com a autorização Itapiranga passa a concentrar o maior polo de meliponicultura de manejo sustentável de abelhas nativas e produção de mel para escala comercial no entorno de Unidade de Conservação (UC) no Estado.
Dutra disse que o cadastro é a garantia concedida pelo governo do Estado aos produtores de mel de abelha para o manejo adequado da atividade. “Isso proporciona a preservação da espécie, a conservação do meio ambiente, por meio da polenização, e a geração do trabalho e da renda para os moradores de Itapiranga. Essa é a nova política implantada pelo Governo Amazonino Mendes”, disse.
Produção
O coordenador de projeto do Instituto Araquara, que coordena a Associação dos Promotores da Atividade de Meliponicultura do Estado, Antonilson Rodrigues, disse que a atividade deve gerar 40 empregos diretos e mais de 90 indiretos, além da produção média de mais de 1,1 tonelada de mel por ano. “Cada colmeia produz de 3 a 4 litros de mel e a expetativa é aumentar essa produção”, disse.
Rodrigues explicou que, atualmente, os produtores comercializam o produto para São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Inglaterra. Rodrigues lembrou que, além do Ipaam, a atividade conta com a parceria da Prefeitura de Itapiranga, da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Instituto de Desenvolvimento do Amazonas (Idam) e da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf).