A vitória contra a Espanha e a conquista da Copa das Confederações tem para a Seleção um valor simbólico maior do que o prazer de somar um título. Se ao começar a competição era alvo de desconfiança pela falta de resultados expressivos e motivo de piada por ocupar a 22ª colocação do ranking da Fifa, o time passou a ser visto como competitivo ao levantar o troféu depois de vencer os melhores do mundo por 3 a 0.
Ao comentar a importância do título, o técnico Luiz Felipe Scolari disse que a partir deste torneio o Brasil será encarado de forma diferentes. Antes dele, a Seleção tinha o retrospecto de uma vitória, dois empates e cinco derrotas em confrontos contra campeões mundiais.
“Claro que o discurso final foi de que ganhamos, muito bem, voltou o campeão. Foi algo maravilhoso para nós, mas sabemos que temos longo caminho e vamos enfrentar amistosos diferente do que enfrentávamos. Éramos visto como uma equipe que poderiam nos atacar. Certeza que agora vão respeitar mais o Brasil”, afirmou.
Um dos jogadores mais incomodados como esta condição era o zagueiro Thiago Silva. O capitão relatou por diversas vezes que a Seleção era alvo de piadas quando voltava a seu clube e chegou a entrar em um debate público com o jogador inglês Joey Barton para defender a honra da Seleção.
“Quando a gente voltava para os clubes, ouvíamos companheiros nos sacaneando por causa da Seleção. Eu fale para mim mesmo que mudaria esta situação. Acho que agora vão nos olhar mais, nos respeitar mais”, afirmou.
Na mesma linha, o goleiro Júlio César confirmou que a falta de uma grande vitória incomodava o time que começou a ser formado depois da Copa do Mundo de 2010. Na Copa das Confederações, o Brasil derrotou Uruguai, Itália e Espanha. “Havia muita cobrança por a gente não ganhar de equipes grandes. Acho que essa vitória nos dá um alívio momentâneo para continuarmos o trabalho”, disse.
Via Terra