Alguém já viu algum técnico famoso ser dono de família?
O Rinus Michell, inventor da Laranja Mecânica, foi “Titio” do Cruiff e do Repp?
Alguém vê qualquer tipo de esquema de jogo na Seleção Canarinho?
O Paulinho, o Alexandre Pato já jogaram futebol fora do Corinthians?
Eu quero estar na frente de um televisor, ou na geral almofadada do Wembley Stadium, para ver um técnico brasileiro usar um esquema tático qualquer, e colocar uma seleção europeia dentro de um nó tático.
Ao ser indagado pela imprensa se estava preocupado com o cartão do Neymar, o Felipão saiu com a seguinte resposta:
– Eu não tenho que me preocupar com isso. Eu tenho que me preocupar é em classificar. Ao passar pelo Oscar, no túnel, disse-lhe que estava me devendo um gol. Ao sair ele disse que pagou o gol e eu fiquei feliz. Continuou dizendo que o Oscar é um menino bonzinho e que todo pai queria tê-lo como filho.
Futebol não é isso.
A segunda parte da entrevista ele dedicou ao Neymar, e passou a dizer:
– Neymar, você não tem que se preocupar em ser o melhor do mundo agora, isso é coisa para daqui a dois anos.
Escutei o Felipão e fui ler os jornais espanhóis, ingleses e argentinos. Que diferença! Os estudados jornalistas falaram da falta de opções do meio-campo brasileiro e da armação que pode estar acontecendo com a arbitragem Padrão Fifa.
Há muito tempo não vejo a Seleção Canarinho com um meio-campo tão ruim quanto esse que vimos ser dominado pela Croácia. A palavra de ordem para essa seleção sem imaginação e com razoável poder de transpiração é melhorar. Melhorar e melhorar muito passa a ser uma obrigação.
Esse time que vimos não tem condições técnicas e físicas para enfrentar uma Espanha ou uma Holanda na saída das eliminatórias. Eu não quero nem ver o nosso time fora das oitavas de final. Nem eu, e muito menos, a nossa Presidente. O nosso Brasil tremerá com a saída da nossa seleção aqui dentro do nosso país.
Fred, Paulinho e Hulk não tiveram nenhuma função dentro do horrível Taqueirão, o pior estádio que a FIFA já mostrou para o mundo em uma partida inicial de Copa do Mundo. Um estádio que já nasceu mexido. O ajeitadinho-arrumadinho, construído para chegar aos sessenta mil lugares exigidos pela FIFA, é um negócio com a cara dos espertos corintianos. UMA DROGA!
O novíssimo treinador da Croácia brincou com o time brasileiro. O nosso meio de campo ficou totalmente obstruído pelos croatas que, frequentemente, tomavam a bola e saiam jogando com a maior facilidade pelas lacunas abertas na defensiva brasileira. Mais uma vez vimos a deficiência dos treinadores brasileiros ao defrontarem-se com os estudiosos treinadores do primeiro mundo. Acredito, ou quero acreditar, que meus netos ainda serão agraciados com um treinador da nossa seleção com a capacidade de um Mourinho, Guardiola ou, quem dera, um Rinus Michell. Felipão e Parreira eram duas múmias no túnel da nossa equipe.
Não dá mais para esperar qualquer coisa dos sem humor que inventamos por aqui. Murici, Felipão, Parreira, Oswaldo de Oliveira e outros que escondem a falta de conhecimento dando carão em todos aqueles os enfrentam nas coletivas.
Fora Felipão! Fora Muricy! Fora para os treinadores que enganam jogadores, jornalistas e torcedores.
O Brasil só ganhou por causa dos seus jogadores geniais e suas jogadas criadas no momento exigido.
Brasil 3 X 1 Croácia.
Viva Neymar! Viva Oscar! Viva David Luiz! Uma seleção de três.
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Roberto Caminha Filho, economista, não gostou da Seleção Canarinho e do Felipão no jogo de abertura da Copa do Mundo de Futebol 2014.