Alguém duvida que a seleção carioca perde para a pior equipe da África? São do continente negro: Nigéria, Costa do Marfim, Camarões, Gana e Argélia.
Alguém duvida que a seleção mineira não encara a pior seleção da América Central e do Norte? São daquelas plagas: Estados Unidos, México, Costa Rica e Honduras.
Acho bom não colocarmos a Grécia, aquela que pode ser a pior seleção da Europa, para jogar contra os gaúchos. Se não for a Grécia será a França, que entrou no sufoco. Que alternativa!
As nossas seleções estaduais não possuem mais ninguém da Seleção Brasileira. Só nos resta orar pelo Ganso, Brocador e Elias. O Seedorf foi cirúrgico: O Ganso é um craque, mas, com essa lentidão, será facilmente marcado pelos europeus. Rever, do Atlético, é cintura e pescoço duros, culminando em não ganhar de um jabuti na corrida, lembrando Luizinho na Copa da Espanha.
O Irã, que pode ser a mais frágil seleção da Ásia, pegando a melhor seleção do nordeste, a esmagaria em apenas quarenta e cinco minutos. Eu vi: são determinados e não perdem tempo com firulas e passes de dez metros de altura. Os iranianos falam como os espanhóis: o papo é reto e rápido.
Só nos resta a Seleção Canarinho. Essa é forte e não pensem que esta tabela que eu tenho em mãos, e já começo a fazer o caminho crítico do Brasil, deixa os outros adversários tomando água de coco e suco de cacau nas redes da Costa do Sauipe. Se conheço um pouquinho de esporte no alto nível, as comissões técnicas já estão viajando para os lugares em que jogarão na primeira fase, sentindo e analisando a temperatura, a umidade, a altitude e a alimentação destes estados, tudo dos últimos dez anos. A comida dos trinta dias de Copa do Mundo chegará com os cozinheiros e nutricionistas. Nem o café será o do Brasil. As frutas, com casca, talvez.
Quando eu vou para uma Olimpíada, levo três pacotões de café para exportação, cada um com dez pacotinhos. Chego na Delegação italiana e já vou presenteando os dirigentes da natação e polo aquático. Resultado: deixo os cachorros coreanos e as cobras e escorpiões chineses para um happy end. Durante os jogos só lasanha, espaguete e ravióli, tudo escoltado pelo melhor vitelo. Eles fazem o mesmo. Os americanos não conseguem ver um Sonho de Valsa sem querer agredir o brasileiro com milhares de beijos.
É meio-dia de sexta-feira, dia 06 de dezembro de 2013. Deixaram o Jerome Valcker fazer mais uma asneira. E o cara exagera. Oito grupos, oito países campeões, e o Jerominho, merecedor de umas centenas de palmadas no bumbum, diante das câmeras, inventou um sistema para colocar Uruguai, 50.000 turistas; Inglaterra, 25.000 turistas; Itália, 25.000 turistas, todos no mesmo grupo, o Grupo da Morte. O Brasil perderá 25.000 turistas em uma semana. E os nossos éguas de plantão não dizem nada.
A nossa Manaus terá o privilégio de ter a Inglaterra e a Itália, dois campeões do mundo, fazendo um dos maiores clássicos do futebol. É jogo para ser assistido por mais de um bilhão de pessoas em todo o globo. E adivinhem onde? Arena da Amazônia, em Manaus, a Capital da Amazônia. Vamos unir as mãos e receber muito bem os ingleses e colocar um ar-condicionado de sessenta mil btus no quarto do técnico calorento. Só o futebol castiga na hora.
O nosso dever é, apenas, tratar como sabemos, para que voltem muitas vezes e digam que a nossa terra é o máximo. E que peçam milhões de desculpas, como acontecerá. Esta tabela Jeromiana também colocará para fora do Brasil, já nos primeiros dez dias, 20.000 holandeses ou espanhóis, que darão de cara com a nossa seleção, já na rodada dos dezesseis para ficarem oito.
Uma lástima de tabela dirigida!
Além de Croácia, México e Camarões, o Brasil cruzará com Espanha ou Holanda nas oitavas, Itália nas quartas de final, Alemanha na semifinal e Argentina na final. Se a minha vizinha Irmã Conceição, educadíssima, e o Orlando Rebelo, também bruxo, permitirem, a vitória será do Brasil, três gols de pênaltis, todos duvidosos.
Dirá alto o mestre Félix Valois, o nosso Yves Montand dos sábados e domingos, sempre afogando o bumbum do cigarro no cálice de Cointreau, cantando e merecendo uma chance no The Voice Brasil:
– Agora vai!
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Roberto Caminha Filho, economista e nacionalino, pede licença ao desembargador Paulino, ao Samuel do Vale e ao Boca de Bilha para só falar, a partir de agora, da Canarinho, do Felipão, da Arena da Amazônia e da inveja daqueles que puxam para si, a uruca de falar só do nosso belo Cesto Baré. Que maravilha de Arena!