Por Sérgio Rangel, Da Folhapress
RIO DE JANEIRO – O presidente eleito, Jair Bolsonaro, prestou continência para o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, antes de uma reunião entre os dois na manhã desta quinta-feira, 29, no Rio. O encontro aconteceu na casa de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.
Bolton chegou às 6h54 escoltado por batedores da PM numa comitiva com quatro carros e não falou com os jornalistas. Ele deixou o local menos de uma hora depois. Depois de deixar o local, Bolton disse nas redes sociais que a reunião “foi muito produtiva” e convidou Bolsonaro para um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump. “Estamos ansiosos para uma parceria dinâmica com o Brasil”, escreveu.
O assessor fez uma escala no Brasil antes de viajar para o encontro do G-20, em Buenos Aires. Bolton é um dos principais conselheiros do presidente Donald Trump em política externa e figura controversa. O assessor é um crítico dos governos da Venezuela, Cuba e Nicarágua e costuma chamar esses países de “Troica da Tirania”.
Ele já disse que os EUA têm interesse em fazer alianças com os governos do Brasil e da Colômbia para aumentar a segurança e melhorar a economia na América Latina. Com Bolsonaro, Bolton deve reforçar os pedidos do governo americano para que o Brasil imponha sanções à Venezuela.
O presidente eleito é acompanhado no encontro por três de seus futuros ministros: Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Depois do encontro com o assessor de Donald Trump, Bolsonaro participará da formatura na Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais, na Vila Militar. Lá, o presidente eleito deverá falar sobre a reunião com Bolton.
Na sexta, 30, Bolsonaro visitará Guaratinguetá e Aparecida.