Da Redação
MANAUS – Um grupo de manifestantes promove protesto contra o presidente Jair Bolsonaro na Bola da Suframa, rotatória que dá acesso à sede da autarquia federal no Distrito Industrial, zona sul de Manaus, na manhã desta quinta-feira, 25. Bolsonaro, que está na capital para participar da reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa), não terá contato com os manifestantes. O presidente irá à Suframa de helicóptero.
O grupo de 200 pessoas reúne representantes de trabalhadores rurais, educação, saúde e militantes do PCdoB e PCB. Os manifestantes exibiram faixas e cartazes contra Jair Bolsonaro, de projetos como a reforma da Previdência e medidas para a educação. Eles chegaram ao local às 5h.
“Nossa manifestação é pacífica, não queremos atrapalhar ninguém e nem o presidente Jair Bolsonaro, mas apenas exercer nosso direito de se manifestar contra políticas que afetam os trabalhadores”, disse Carol Monteiro, da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar.
O historiador Yann Evanovick, coordenador da Frente Brasil Popular que reúne entidades como a CUT, UNE e MST, disse que o ato é pacífico para fazer a defesa da Amazônia e do Polo Industrial de Manaus. “Estamos muito preocupados com as últimas medidas do governo sobre política ambiental e que pode levar ao desmatamento. O governo fala de tudo, menos de gerar empregos. São medidas recessivas que impactam a não geração de empregos”, disse.
Evanovick disse que o governo tem se manifestado muito contra a ona Franca de Manaus. “Eu acho que o Paulo Guedes (ministro da Economia) deve vir aqui e dizer: ‘nos desculpem’ porque falamos muita besteira sobre o Polo Industrial de Manaus”, disse. “Eles devem assumir compromisso com o Polo Industrial de Manaus”.
O historiador, que é filiado ao PCdoB, disse que a base econômica do Amazonas não é extrativista e por isso o Amazonas tem 93% da floresta preservada. “Este não é um ato para dizer fora Bolsonaro, mas estamos aqui para defender o que acreditamos que seja o correto e justo para a população o Amazonas, manter a floresta em pé, mas também manter uma política de geração de emprego que beneficia a Amazônia”, afirmou.
Direito constitucional
Yann Evanovick foi um dos líderes sindicais interpelados por policiais rodoviários federais armados na terça-feira, 22, na sede do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas). Sobre a ação, ele afirmou: “É um absurdo. Você imaginar patrulhamento ideológico em plena democracia é um absurdo. Este aqui é um ato pacífico, não precisava de nenhum agente federal armado com metralhadora dentro de uma sede com professores. Nós temos liberdade, a Constituição Federal de 1988 assegura o direito de livre pensar, de livre organização, de livre manifestação. Isso só foi visto nos momentos que antecederão o golpe militar de 1964, por isso nós temos que denunciar”.
Evanovick disse que o ato não pode ser tratado com naturalidade. “Daqui a pouco estar indo nas sedes dos jornais e vão estar invadindo escolas e casas”, finalizou.
(Colaborou Felipe Campinas)
Será que estas Pessoas trabalham e/ou estudam ao promoverem um protesto em Dia útil e em Pleno horário Comercial ???