Da Redação
MANAUS – De astros do basquete, a NBA está cheia. Pois bem, a WNBA também! Uma delas é Betnijah Laney, defensora do New York Liberty, com 1.83 metros de altura, 28 anos de idade e muita história para contar. Quer dizer, ela ainda está escrevendo a sua, mas sua breve jornada pelo esporte já rendeu muitas emoções, surpresas, apostas e conquistas.
Antes de jogadora da WNBA
Betnijah é uma mulher tímida, que se abre apenas para aquelas pessoas que o santo bate, sabe? Sua paixão pelo basquete começou lá pelos 10 anos de idade, muito pela influência de sua mãe, Yolanda Laney. A ex-jogadora levou o time feminino da Cheyney State a quatro Final Eights, dois Final Fours e o primeiro jogo do campeonato feminino da NCAA em 1982.
Sabendo da paixão da filha pelo esporte, Yolanda nunca deixou que ela desanimasse, mesmo que nem sempre tivesse bom desempenho nas quadras. Afinal, ninguém nasce batendo bola. Habilidade é algo que se constrói, com muita técnica, dedicação e apoio. Três aspectos que a armadora sempre teve em sua vida.
Draft de 2015: o início de uma aventura
Sua jornada na WNBA começou em abril de 2015, quando foi escolhida pelo Chicago Sky em décimo sétimo lugar. Em 33 jogos, 32 durante a temporada regular e 1 nos playoffs, ela consagrou uma média de 2.8 pontos e 2.1 rebotes.
Contudo, sua presença no Sky foi interrompida pelo Perth Lynx, onde ela jogou tão bem a ponto de levar o time para a grande final da WNBL desde 1999. Já na temporada de 2016 da WNBA, Laney acabou retornando para o Chicago, mas foi surpreendida por uma lesão que a deixou fora das quadras até 2018.
Em 2018 ela jogou tanto pelo Connecticut Sun, um dos melhores times da atualidade, e depois foi para o Indiana Fever.
Até que a pandemia chegou e…
Durante o caos pandêmico, Betnijah, que estava pronta para a temporada do basquete feminino em 2020, recebeu a notícia de que não jogaria mais pelo Indiana. Nesse momento, seu mundo desmoronou…Quem não ficaria sem chão, não é mesmo? Contudo, sua mãe e seu namorado ajudaram ela a se levantar, pois bons acontecimentos estavam por vir.
E como um presságio, após 12 meses de angústias e incertezas, Laney é convidada para jogar como defensora pelo Atlanta Dream. De acordo com a treinadora, Nicki Collen, a escolha foi pela competitividade e braveza de Laney, além do seu companheirismo e flexibilidade em quadra.
A defensora boa de cesta
Ninguém pensava nela como artilheira, até que, durante um exercício de tiro, Betnijah acertou 44 dos 50 arremessos que cada jogadora deveria fazer. Pois é, ela sempre soube dessa sua habilidade.
Contudo, desde a época da faculdade, em Rutgers, os treinadores insistiam que ela jogasse duro na defesa. “Mesmo que eu sentisse que era capaz de marcar, eu me submetia ao papel que meus treinadores achavam que era melhor para o time ”, disse Laney.
A partir dessa descoberta, a estrela triplicou sua média de pontuação – de 5.6 para 17,2 pontos por jogo. Feito que rendeu o título Most Improved Player da WNBA de 2020.
Quando a offseason chegou, a defensora fechou um contrato de três anos e US$ 588.800 com o New York Liberty. Contrato não só levou seu time para os playoffs, como deu a ela oportunidade de participar do WNBA All-Star Game de 2021, onde teve uma média de 16,8 pontos e um recorde pessoal de 5,2 assistências.
Em novembro de 2021, a estrela sofreu uma lesão e deixou as quadras até fevereiro deste ano. Após uma lesão que deixou a estrela fora das quadras, ela retornou para jogar pelos Estados Unidos, seleção da qual não participava há 10 anos.
“Meu trabalho duro e resiliência são consistentes. Estou sempre procurando melhorar, e agora que estou de volta, não posso praticar e tal, mas estou apenas tentando fazer tudo o que posso para trazer algum valor para a equipe, então é bom. Eu tenho falado, tentando me comunicar para animar todo mundo, mas com as coisas sem contato, eu me certifico de dar todo o esforço”.
Com a chegada da temporada regular da WNBA 2022, no dia 6 de maio, veremos o que Laney está preparando para o New York Liberty.