MANAUS – Beijo gay em histórias em quadrinhos de super-heróis deu o que falar na Bienal do Rio. Deu no bom sentido. Os defensores alegaram que, da forma como foi desenhado, era um beijo artístico. Os contrários argumentaram que não dava para saber porque não era possível ver se foi língua com língua. As más línguas, como a do perfeito do Rio que pediu a censura, disseram que o beijo era uma afronta à família. O juiz que impôs a censura defendeu que o beijo infringia o ECA (Estatuto de Censura da Arte). Nem aí para essa frescura, os heróis da HQ continuam lá na página atracados um no outro fazendo respiração boca a boca. A HQ, que ainda não chegou ao Brasil, se tornou um sucesso. Não pelo beijo gay, que já não assusta mais nem criancinha, mas pelo autoritarismo de agentes públicos que insistem em ser vilões de gêneros.