Da Redação
MANAUS – Em denúncia apresentada ao TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas), o Banco Bradesco acusou o ex-prefeito de Caapiranga (a 133 quilômetros de Manaus), Zilmar Sales (PP), de não repassar dinheiro retido da folha de pagamento de servidores referente a empréstimos.
A instituição bancária pediu ao TCE que determine que a Prefeitura de Caapiranga repasse o montante de R$ 221.160,84 retido da folha de pagamento dos servidores que fizeram o empréstimo e toda e qualquer quantia que o Município vier a descontar dos funcionários a título de empréstimo consignado.
O banco alega que firmou convênio com o município para concessão de empréstimo consignado em folha de pagamento aos servidores municipais. Pelo acordo, a prefeitura ficaria responsável por fazer a retenção no limite de 30% e repassar de forma imediata ao banco, mas não repassou os valores.
“Foram concedidos vários empréstimos consignados aos funcionários públicos, todavia, apesar do Município Denunciado supostamente descontar os valores em conta dos servidores, não repassou o numerário ao Denunciante, ou seja, reteve tais valores de forma totalmente indevida”, afirmou o banco.
A instituição bancária afirma que recorreu à Justiça para obrigar a prefeitura a repassar o valor supostamente retido e a liminar foi concedida em julho de 2019 pelo juiz Igor Caminha Jorge, da Vara Única da Comarca de Caapiranga. Atualmente, o processo está na fase de instrução e julgamento.
Na terça-feira, 23, o presidente do TCE-AM, conselheiro Mário de Mello, aceitou a representação, mas encaminhou o processo para que um relator analise os pedidos contidos na medida cautelar solicitada pelo banco e tome as demais providências.
Procurado pela reportagem, Zilmar Sales afirmou que não teve acesso a denúncia e que antes de sair, em 2016, a prefeitura já havia quitado a dívida com o Bradesco. A reportagem não conseguiu contato com o atual prefeito Tico Braz (PSC).