
Do ATUAL
MANAUS – O tratamento médico de pacientes em casa envolve 650 pessoas em Manaus. Elas são atendidas pelo Programa Melhor em Casa, uma parceria do Governo do Amazonas com governo federal. A assistência em domicílio é para desocupar leitos em hospitais e inclui fornecimento de remédios e alimento.
De janeiro a abril deste ano, o Melhor em Casa transferiu para as residências 66 pacientes. No mesmo período, as equipes realizaram 13.279 mil atendimentos domiciliares. A secretária de Saúde do Amazonas, Nayara Maksoud, o atendimento em casa inclui procedimentos médicos que não necessitam da internação.
Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeuta formam a equipe de atendimento. Conforme o caso, o programa fornece fonoaudiólogo, nutricionista, assistente social e psicólogo.
“A missão do Programa Melhor em Casa é proporcionar uma assistência humanizada a esses pacientes crônicos, que se encontravam hospitalizados, atendendo-os em suas residências, perto de seus familiares. Com isso, o programa amplia o suporte do SUS (Sistema Único de Saúde) a esses pacientes”, disse Nayara Maksoud.
O Amazonas e Santa Catarina são os dois estados que implementaram o programa.
A coordenadora do Melhor em Casa no Estado, Semira Torres, explica que, atualmente, o programa conta com 18 equipes que envolvem 218 profissionais. Dois grupos atendem pacientes oncológicos e um os com problemas pediátricos.
Equipes do Serviço de Assistência Domiciliar identificam pacientes crônicos internados nos hospitais e prontos-socorros.
Desospitalização
Portadora de AME (Atrofia Muscular Espinhal), Ana Júlia, de 6 anos, ficou internada durante dois anos e meio no Hospital Infantil Dr. Fajardo. Hoje ela é tratada em casa.
“Desde os três meses de vida minha filha passou a morar na unidade hospitalar devido à doença. Somente após o trabalho das equipes do programa, a Ana Júlia veio para casa. Hoje, ela está bem, sendo acompanhada pelos profissionais e para mim é uma vitória”, conta a mãe, a dona de casa Ana Milena.
A criança recebe alimentação, fraldas, e medicamentos como o Spinraza, que é de alto custo e pago pelo Ministério da Saúde (MS). O remédio é aplicado no hospital, para onde Ana Júlia é levada de ambulância.
O tratamento com o Spinraza custa R$ 1 milhão ao ano. O governo federal envia a sustância para a Secretaria de Saúde do Amazonas.