O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) “falou grosso” com o governador José Melo (Pros), durante entrevista à Rádio Difusora, na manhã desta terça-feira, 24, quando falava sobre imbróglio do reajuste da tarifa do transporte coletivo. Ao dizer que o governo do Estado está atrasado com o repasse no subsídio às empresas de ônibus, o prefeito criticou as desculpas dadas pela Secretaria de Fazenda de que falta documentação não fornecida pelas empresas, e também afirmou que o governo deve dizer a verdade se vai pagar ou se não vai liberar as parcelas do subsídio. “Precisaria o governo do Estado estar em dia com a parte que é dele, que é um compromisso assinado. A gente percebe uma certa manobras protelatórias – ‘ah, porque eles não apresentaram não sei o que’ –. Como é que eu estou em dia? Eu estou em dia. Não estou atrasado com o subsídio. Eu espero que, se não der, me diga. Se não dá, eu vou fazer mais um sacrifício e vou pagar as duas contas: tanto a minha quanto a do governo do Estado. Isso é uma decisão minha”, disse Arthur. Depois, o prefeito pediu que os empresários esqueçam as ações na Justiça e voltou falar no subsídio: “Vamos tratar, agora, do subsídio, porque é assim: se o governo do Estado chegar pra mim e falar com franqueza – eu adoro franqueza –, dizer pra mim assim: não podemos pagar ou não queremos pagar – o que quiser falar eu aceito – eu vou pagar só. Eu vou desfalcar de algum outro lugar, mas vou pagar só”.