Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, é contra o decreto do governo federal que incluiu atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de ‘serviços essenciais”. Virgílio Neto disse que é preciso ter cautela na hora de avaliar reabertura de comércios.
“Sinceramente, salões, barbearias e academias não são atividades essenciais. Não considero oportuno abrirmos agora, nem igrejas. Se fizermos isso, ajudaria a furar o isolamento social, que deve ser aumentado para além dos 40% atuais”, disse. “Entendo que é ruim dar um passo e recuar dois depois”, alertou Arthur Virgílio”.
O prefeito de Manaus reforçou também que há muito o que pensar e fazer antes de tomar medidas mais duras e disse que é hora de união. “Fico pensando nessa questão do lockdown em Manaus. Imagine uma provocação que possa resultar em luta e mortes. Insisto que algumas decisões sejam tomadas diretamente pelo povo e, se pensarmos bem, tudo que estamos proibindo não deixa de ser uma espécie de lockdown, uma interdição parcial”.
Neto disse que solicitou apoio da Polícia Militar para fiscalizar comércios não essenciais e o uso de máscaras em estabelecimentos, item que passou a ser obrigatório em Manaus no início desta semana. “Vamos precisar da ajuda para fazermos, se necessário, cassações de alvarás, por exemplo”, declarou.
Arthur disse que o número de sepultamentos diminuiu em Manaus. Nessa terça-feira, 12, foram 83 registros (incluindo uma cremação) considerando públicos e privados. “É o terceiro dia que temos menos de cem sepultamentos. É algo a se comemorar, mas devemos ser cautelosos com essa descida, pois nela ainda há morte de pessoas”, disse.