Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), afirmou que votou nulo para presidente da República ao deixar a seção eleitoral na manhã deste domingo, 28, na zona centro-sul da capital. Arthur não revelou o voto para governador, mas voltou a atacar Amazonino Mendes (PDT), que disputa a reeleição. Anteriormente, havia declarado voto em Wilson Lima (PSC).
Ao justificar o voto nulo, o prefeito alegou: “Um candidato (Jair Bolsonaro) tem uma visão muito autoritária sobre o País e o outro (Fernando Haddad) representa o pensamento e é o candidato de alguém que hoje é um presidiário (o ex-presidente Lula). Então, eu, por mais que tenha simpatias pessoais por ser amigo dele, o candidato Haddad, e como ele fez a campanha sempre remetendo ao fato de que ia voltar aquilo que eles já fizeram, ele realmente refugou o meu voto. Gosto dele pessoalmente”.
Questionado se teme uma retaliação caso Bolsonaro seja eleito, Arthur Neto afirmou: “Não temo não. É a segunda vez que vota nulo para presidente. A primeira foi em 1970”.
Conforme o prefeito, nenhum dos dois candidatos se comprometeu com políticas democráticas. “Eu quero me certificar da fidelidade à democracia do candidato Bolsonaro e eu quero me certificar de que o candidato Haddad não é um mero representante da política que o Brasil baniu e que está respondendo do cárcere”, disse.
Arthur Neto disse que o relacionamento com Bolsonaro, caso seja eleito, dependerá de seu comprometimento democrático. “Se ele se portar como democrata, o relacionamento vai ser ótimo. Se for autocrata ou autoritário, o relacionamento será péssimo. Enfrentei a ditadura como estudante e como parlamentar e esse é meu compromisso”.
Ônibus
O prefeito atribuiu a fake news informações sobre falta de ônibus do transporte público de passageiros neste domingo, com passagem gratuita. “Estão espalhando que não tem ônibus, de modo que as pessoas sejam captadas por carros que fazem transporte ilegal a favor de candidato da coligação ‘Eu voto no Amazonas’. Eu estou indo de terminal em terminal para verificar a situação. Estou pressionando o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas) ao máximo para bem servir a população. Há uma tentativa de boicote que não vai interferir no resultado final da eleição”.
(Colaborou Patrick Motta)