MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse, na manhã desta segunda-feira, quando encerrava a leitura da Mensagem Governamental de 2016, que vai punir, inclusive com demissão, se for necessário, servidores da Guarda Municipal que fizeram manifestação em frente à Câmara Municipal de Manaus, quando ele chegava para o evento.
De acordo com o prefeito, os manifestantes exigiam a transformação da Guarda Municipal em Guarda Metropolitana, com direito a usar arma, e não estão preparados para isso, segundo ele. Outro fato alegado pelo prefeito é de que os servidores quebraram a hierarquia, o que justificaria a punição.
“No meu governo não vão usar arma. Então, óbvio que eu vou daqui pro meu gabinete estudar medidas muito duras, com a possibilidade de pedido de demissão imediata, porque quebra a hierarquia, e eu trato a guarda como uma guarda de soldados. Quebra a hierarquia. E eu não admito quebra de hierarquia”, afirmou.
Arthur disse que respeita as ideias das pessoas e está sempre pronto para negociar, mas quebra de hierarquia ele não admite. “Quebra de hierarquia, por mim, deve ser punida, quebra de hierarquia deve ser reposta, porque, primeiro, eu prezo, além da democracia e do diálogo, a autoridade que eu exerço, a autoridade que essa cidade passou a ter. Tem autoridade e vou provar com clareza, já nesta tarde, que esta cidade tem autoridade”, concluiu.
O prefeito disse que “se fosse uma manifestação de professores, eu aceitaria com um sorriso nos lábios; se fossem técnicos da saúde, eu também receberia com um sorriso nos lábios, receberia com muita tranquilidade”.
Solidariedade a Melo
Antes de falar da Guarda Municipal, o prefeito criticou o ato do jovem que atirou notas de dinheiro sobre o governador José Melo (Pros), na Assembleia Legislativa, há duas semanas, e sugeriu que a manifestação foi articulada por parlamentar da Assembleia.
“Fui muito duro na tribuna quando senador, mas jamais me passou pela cabeça que um funcionário meu fosse agredir o governador do Estado ou quem quer que fosse”, disse, referindo-se à chuva de dinheiro em Melo.