Da Redação
MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse, na manhã desta segunda-feira, 6, ao chegar na Câmara Municipal de Manaus para a leitura da mensagem governamental de 2017, que o governador José Melo precisa racionar com maturidade e recuar da decisão de retirar os subsídios que o governo do Estado concedia às empresas de transporte coletivo de Manaus. Com a retirada, os empresários pressionam a prefeitura por um reajuste maior da tarifa de ônibus, que foi reajustada no dia 28 de janeiro, passando de R$ 3,00 para R$ 3,30.
Questionado se iria conversar com o governador, Arthur não demonstrou disposição de procurá-lo. “Se eu encontrar com o governador, claro que eu falo. Sobre o subsídio, aquilo que eu falo é que ele recue de uma atitude que não foi a mais sensata, de uma atitude que simplesmente prejudica o povo, que, na verdade, tenta criar embaraço político para o prefeito. Isso é uma tolice. O certo é ele racionar com a maturidade que sempre o caracterizou, recuar, porque isso é uma conquista do governo Eduardo Braga, que beneficiou o governo Serafim [Corrêa], o governo Amazonino [Mende], que beneficiava o meu governo, sobretudo beneficiando as pessoas mais necessitadas.
Arthur disse que não tem nada pessoal com o governador José Melo, lembrou que o ajudou na campanha à reeleição, em 2014, e que os dois se distanciaram por atitudes que Melo tomou nos últimos meses. Mas disse que por Manaus ele conversa com qualquer um a qualquer hora.
Um dia depois do anúncio de reajuste da tarifa, o governador José Melo informou, no dia 27 de janeiro, que suspenderia a isenção fiscal do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado sobre o combustível e a remissão do IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para as empresas de ônibus de Manaus. “A decisão leva em consideração o aumento de 10% da passagem de ônibus anunciado nessa quinta-feira, 26, pela Prefeitura de Manaus, que passa a vigorar a partir deste sábado, 28, elevando a tarifa de R$ 3,00 para R$ 3,30”, comunicou, em nota.
O governo já havia deixado de pagar R$ 1,3 milhão por mês às empresas, em setembro de 2016, de complemento dos R$ 0,15 de subsídio do preço de R$ 3 da passagem. O valor real é de R$ 3,15, congelado há mais de dois anos. Na nota, o governo informa que nos últimos três anos deixou de arrecadar R$ 131,7 milhões com a isenção do ICMS e remissão do IPVA dos ônibus.
(Reportagem: Rosiene Carvalho)
Leia mais:
Governo do Estado retira isenção fiscal às empresas de ônibus
Acho que Ahtrur Neto quer aparecer, porque se ele fosse outro e quisesse resolver o problema do ônibus já tinha resolvido. Voce tira pelas ruas principais da cidade que esta uma porcaria, as Unidades Básicas de Saúde da Prefeitura não atende mau e muita gente jogadas.