Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – Ao ser questionado sobre o protesto de professores da rede municipal realizado na manhã desta quinta-feira, 3, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), disse que está “completamente em dia com os professores” e que respeita o limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Arthur também criticou as decisões tomadas pelo governador Amazonino Mendes (PDT) durante a greve dos professores estaduais realizada em março e abril deste ano.
“Nós estamos completamente em dia com os professores. Diferente do Governo do Estado, que fica ‘vai pra frente, vai pra trás’, e fica num jogo de ‘chove e não molha’. Nós temos um limite que é a Lei de Responsabilidade Fiscal. Eu não faço essas contas mirabolantes que o governador gosta de fazer e no final ele se enrola todo”, disse o prefeito.
Na manhã desta quinta-feira, 3, um grupo de professores da rede municipal ligados à Asprom-Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus) protestou em frente à sede da Semed (Secretaria Municipal de Educação). A categoria reivindica aumento real de 10% e cobra a progressão na carreira prometida por Arthur que, segundo eles, ainda não foi implantada.
Diferente do que dizem os professores, Arthur Neto afirmou que as datas-bases e progressões dos professores estão todas em dia. “Nós estamos em dia com as datas-base, com as progressões para os professores. Estamos iniciando as progressões por titularidade e por antiguidade na secretaria de Saúde, vamos fazer isso em toda a nossa rede de servidores municipais”, completou.
Ao falar sobre a LRF, o prefeito de Manaus voltou a criticar o governador Amazonino Mendes. Segundo ele, o Governo do Amazonas já ultrapassou o limite da lei e que tal ato pode ser considerado crime de responsabilidade. “Nós aceitamos dialogar com todo mundo, mas nós temos um limite. No limite que nós fomos, cumprimos com todas as nossas obrigações. E nós temos a Lei de Responsabilidade Fiscal, que o governo do estado está ultrapassando o limite. Eu não gostaria de estar na pele de quem governa. Isso aí dá crime de responsabilidade, cadeia, tudo aquilo que a gente espera que não aconteça com um administrador consciente e lúcido”, disse o prefeito.