
Da Redação
MANAUS – O livro “Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência”, escrito pelo gerente do Instituto Sou da Paz e advogado Bruno Langeani, mostra que armar a sociedade traz a ilusão de tranquilidade. Na obra, Langeani revela, através da análise de levantamentos de institutos e universidades que medem o impacto da violência no país, que o número de mortes em diferentes casos e camadas da sociedade só aumenta com armamento da população.
O autor argumenta que números do Ministério da Saúde de 2019 mostram que, a cada hora, sete pessoas são assassinadas no Brasil. Já sete em cada 10 homicídios que acontecem no país são cometidos com arma de fogo.
Bruno Langeani cita que no estado do Rio de Janeiro o risco de um policial ser vítima de latrocínio é 6 mil vezes maior do que o do resto da população, sendo ele treinado para usar a arma. Reagir a um roubo usando arma de fogo aumenta em 56 % as chances de morte por parte da vítima, segundo o autor.
O livro apresenta a trilha desde a criação da arma de fogo, o efeito provocado pelo disparo no corpo humano até o controle de armas na prática, passando por índices que demonstram, entre outros efeitos, como o afrouxamento da regulação para compra e porte de armas no país traz sérias consequências. No livro, o advogado, que possui mais de uma década de experiência na área de controle de armas de fogo, buscar fortalecer a visão de que armamento sem controle é uma “máquina de moer pessoas”, como o próprio autor define.
“Na prática, este argumento do cidadão de bem armado protegendo sua família e propriedade se mostra não apenas equivocado, mas trágico. Como apontamos, as chances de uso da arma para a defesa própria são pequenas. Porém, ao trazer este instrumento para seu dia a dia, as chances de tragédias acontecerem são muitas”, defende Langeani.
“Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da Violência” dedica uma seção para investigar a origem das armas e munições do crime e suas principais fontes de abastecimento. Uma reunião de pesquisas demonstra que o principal problema ainda são armas fabricadas domesticamente, vendidas no país e depois desviadas para o mercado ilegal.
O livro também reserva um capítulo às possíveis soluções para um país onde, de acordo com o autor, uma minoria de estados conta com delegacias especializadas em combate ao tráfico de armas e munições.
“Minha intenção com este livro é que, justamente, ele possa contribuir tanto com quem considera a compra de arma, como para que formuladores de políticas e gestores alcancem melhores resultados na promoção de segurança pública”, finaliza Langeani.
Bacana a iniciativa de indicar leituras sobre este tema.
Por que não indicam também o livro “MENTIRAM PARA MIM SOBRE O DESARMAMENTO”, dos autores BENÊ BARBOSA e FLÁVIO QUINTELA, que aborda justamente O OUTRO LADO?
Afinal, é assim que se faz jornalismo PROFISSIONAL: você mostra tantos “lados” ou versões quanto possível, e deixa A CARGO DO LEITOR decidir qual caminho escolher.
Vocês deste blog só mostram aquilo com o que concordam, não são imparciais. Infelizmente é por isso que a imprensa neste país não é NADA confiável. No máximo um outro profissional que se salva.
Lamentável.