MANAUS – Nesta sexta-feira, 18, faltando uma semana para o fim da campanha eleitoral do segundo turno, o PPS, aquele partido que apoiou dois candidatos nas eleições municipais de 2016, anuncia apoio à candidatura de Amazonino Mendes (PDT). Encerrado o primeiro turno, Amazonino disse, quando questionado sobre apoios dos candidatos que encerraram a corrida eleitoral ali, que esperaria a decisão de cada um, mas não iria pedir apoio de ninguém.
Ora, apoio de partido no segundo turno de eleição só serve, só ajuda o candidato apoiado se a legenda tiver militância que vá às ruas, em busca de voto. A uma semana do fim, não há o que ajudar um candidato, ainda mais um partido esfacelado como o PPS. Esse tipo de apoio tem outro objetivo: ganhar espaço no governo, cargos para os dirigentes.
O apoio de partido é importante no primeiro turno, porque conta tempo de propaganda eleitoral no rádio e televisão. Passada essa etapa, os candidatos têm o mesmo tempo de TV e rádio. Não faz sentido o apoio partidário.
O apoio do candidato que conseguiu boa posição no primeiro turno é mais importante do que o do partido. E o que vimos nesta eleição suplementar foi a neutralidade da terceira colocada, Rebecca Garcia (PP), e do quarto colocado, José Ricardo (PT). Mas esses candidatos, que tanto criticaram os adversários que passaram para o segundo turno conseguiram mais a ira de seus eleitores por apoiar Amazonino ou Eduardo Braga (PMDB) do que transferir votos para eles.
O eleitor é dono do seu próprio voto. Não embarga nessa onda de apoio. Infelizmente decide seu voto por critérios alheios às propostas apresentadas, até porque não confia em quem as promete. Grande parte do eleitorado decide como num jogo de futebol, vira um torcedor.
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